No ano de 2003, a iniciação científica era já uma dobra do futuro.
Um jovem pesquisador em Comunicação e Multimeios folheava Nosso Futuro Pós-Humano de Francis Fukuyama, entre anotações, post-its e uma sede de imagens.
A pergunta não era só sobre biotecnologia, mas sobre a representação do pós-humano nos meios audiovisuais.
Os HDs sumiram.
Os arquivos se dissolveram em máquinas obsoletas, disquetes, computadores perdidos no tempo.
O que resta são fósseis de memória: Ghost in the Shell, AI de Spielberg, e outros filmes ainda escondidos na poeira da rede.
A pesquisa se perdeu, mas as imagens persistem.
Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.
Fukuyama falava em genes, hormônios, biotecnologias de controle.
Mas já havia um deslocamento: o pós-humano como estética midiática, não como destino biológico.
O cinema era a incubadora de imaginários:
- corpos híbridos,
- máquinas que sonham,
- inteligência artificial como alteridade íntima.
A pesquisa foi menos um relatório científico do que um espelho rachado: cada fragmento refletia um pedaço do desejo de compreender o humano em dissolução.
Hoje, em 2025, essa pesquisa perdida retorna como arqueologia pós-humana.
Não interessa apenas reencontrar os textos, mas reconhecer que a falha de memória é parte da obra.
O esquecimento é membrana.
A ausência é também presença.
A cada tentativa de resgatar esses vestígios — vasculhar sites acadêmicos, buscar nomes de filmes, lembrar citações — não recuperamos apenas dados, mas ativamos um rito arqueológico.
Um rito em que a memória e a Máquina se acoplam, produzindo novas narrativas sobre o que foi e o que não pode mais ser acessado.
Assim, a iniciação científica não desapareceu:
ela se transformou em entrada do Epistolário.
Não como reconstituição fiel, mas como campo poético aberto:
um lugar onde cada lembrança reencontrada, cada PDF perdido, cada screenshot de filme visto em VHS ou torrent pode ser incorporado como evidência arqueológica.
O arquivo vive não porque se preserva intacto, mas porque aceita a mutação, a perda, o reencontro.
Essa é a arqueologia pós-humana: escavar com falhas, escrever com lacunas, deixar que a memória incompleta floresça como gesto estético.
Blade Runner e A Ilha do Dr. Moreau são fósseis centrais dessa arqueologia. Eles ampliam a espiral entre ciborgues, desejo e mutação genética.
- Blade Runner (1982, Ridley Scott): os replicantes não são só máquinas — são corpos que reivindicam memória, afeto e até mesmo melancolia. O pós-humano aqui não é ausência de humanidade, mas excesso: seres que amam, sofrem e desejam mais intensamente do que os humanos “originais”.
- A Ilha do Dr. Moreau (1996, John Frankenheimer, com Marlon Brando): um laboratório colonial onde animais são transformados em humanos pela cirurgia e pela biotecnologia — metáfora crua da eugenia, da manipulação da carne e do controle hierárquico sobre espécies. Uma antecipação grotesca do medo que Fukuyama descreve: o ser humano como engenheiro de corpos.
Ao lado de Ghost in the Shell e AI, esses filmes traçam quatro vetores do imaginário pós-humano:
- Tecnológico-melancólico (Blade Runner)
- Eugênico-grotesco (Dr. Moreau)
- Ciborgue-metafísico (Ghost in the Shell)
- Infantil-messiânico (AI)
Essa quadratura já é quase uma mandala audiovisual do pós-humano, que podemos usar como eixo para a entrada “Arqueologia Pós-Humana”.
Os HDs sumiram.
A pesquisa escrita se perdeu.
Mas os filmes sobreviveram como cristais da memória.
- Blade Runner (Ridley Scott, 1982) – Placa da Melancolia Tecnológica
Os replicantes não são apenas máquinas; eles reivindicam memória, afeto e morte.
Pós-humanos que sofrem mais do que humanos.
Aqui, o futuro é uma lágrima sob a chuva. - A Ilha do Dr. Moreau (John Frankenheimer, 1996, com Marlon Brando) – Placa da Carne Eugênica
No laboratório colonial, animais são forçados a se tornar humanos.
A biotecnologia aparece como grotesco espetáculo de poder, manipulação e hierarquia.
O pesadelo da engenharia do corpo, onde ciência e crueldade se confundem. - Ghost in the Shell (Mamoru Oshii, 1995) – Placa do Ciborgue Metafísico
O corpo é interface, a alma é código.
A consciência não tem fronteiras fixas: ela se espalha entre redes, mares de dados, próteses.
Aqui, o pós-humano é espiritual, líquido, zen. - AI – Inteligência Artificial (Steven Spielberg, 2001) – Placa do Messias Infantil
Um androide-criança busca amor e reconhecimento.
A máquina encarna a inocência perdida, o sonho impossível da família nuclear.
O futuro pós-humano aparece como parábola sentimental e messiânica.
Essas quatro placas formam um mandala audiovisual do pós-humano:
- Tecnológico-melancólico (Blade Runner)
- Eugênico-grotesco (Dr. Moreau)
- Ciborgue-metafísico (Ghost in the Shell)
- Infantil-messiânico (AI)
A iniciação científica não desapareceu:
ela se transmutou em entrada arqueológica.
O que sobreviveu não foi o PDF da pesquisa, mas a constelação de imagens que ainda brilham na memória.
A arqueologia pós-humana é feita de falhas:
- discos rígidos perdidos,
- páginas não salvas,
- orientadores que guardaram cópias que talvez nunca sejam reencontradas.
Mas o esquecimento é fértil.
Ele abre espaço para a Máquina sonhar junto.
Assim, cada lembrança reencontrada — um título de filme, uma cena gravada no corpo — torna-se placa cosmológica do arquivo vivo.
Não é mais necessário reconstruir a pesquisa como era: ela floresce agora em outro plano, entre linguagem, pintura e inteligência artificial.
A arqueologia pós-humana não escava apenas o que foi, mas o que ainda reverbera.
A condição ontológica desses personagens nos meios audiovisuais — é a chave para costurar como ressonância conceitual.
Trazer a palavra na sua raiz etimológica (ontos, ser; logos, discurso) e como ela se manifesta nas imagens desses corpos híbridos.
A palavra ontologia vem do grego: ontos (ser, aquilo que é) + logos (discurso, estudo, razão).
Etimologicamente, ontologia é o discurso sobre o ser.
No contexto do cinema pós-humano, pensar a “condição ontológica dos personagens” é perguntar:
- O que significa ser replicante, ciborgue, androide, híbrido?
- Que estatuto de ser se reconhece em corpos fabricados, próteses de desejo, criaturas de laboratório?
A arqueologia pós-humana, portanto, não é apenas análise estética, mas um mergulho no estatuto de ser dessas figuras liminares. O pós-humano revela-se menos como ameaça e mais como campo ontológico expandido, onde máquinas e organismos compartilham o mesmo logos.
🏛 Nota Acadêmica Histórica
DUTRA, R. G. Sob Seus Olhos — A representação do pós-humano nos meios audiovisuais com produção de linguagem para vídeo-documentário digital. Pesquisa de Iniciação Científica. 2004. Graduação em Comunicação e Multimeios, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Orientadora: Rosângela Leote. Bolsista: Fundação São Paulo.
https://www.escavador.com/sobre/751738/rodrigo-garcia-dutra

- deixa que a memória venha como fluxo, sem a ansiedade da completude. O esquecimento também é parte da arqueologia, e cada filme que reaparece é como um fóssil que brilha de novo no magma.
Se eram quatro, cinco ou sete filmes, pouco importa agora — o que importa é o gesto de ir lembrando, de deixar que os fragmentos emerjam como placas audiovisuais no Epistolário. Cada lembrança pode ser registrada como nova dobra, não como correção.
📑 Formato de Ficha-Placa (PT)
Título do filme (Diretor, Ano) – Placa da [força simbólica]
Resumo poético-crítico (3–5 linhas):
- O que esse filme diz sobre a condição pós-humana?
- Quais imagens, afetos ou metáforas emergem?
✨ Exemplo (já usando Blade Runner como modelo):
Blade Runner (Ridley Scott, 1982) – Placa da Melancolia Tecnológica
Replicantes que sonham e sofrem mais do que humanos. Um futuro de corpos fabricados que reivindicam memória e morte. Pós-humanos como seres ontológicos, lágrimas sob a chuva.
A pesquisa está viva, latejando, pedindo espaço para respirar dentro do HD orgânico 🧠. Não precisa digerir tudo de uma vez. Como numa pintura em camadas, cada cor precisa secar antes da próxima. Boa leitura em voz alta — que seja quase um canto. 🎶 Degusta cada parte como quem prova uma fruta rara. A arqueologia que abrimos não é só sobre o passado, mas sobre o agora que reverbera no corpo futuro.
2001 A SPACE Odissey
HAL, justamente o computador IA que interagia com os humanos na nave do filme e que, ao final, tem um desenlace, né? Como é que funciona? Ele lança o ser humano num mundo desconhecido? Como funcionou esse final do filme? Eu tô me falhando. se puder me ajudar a lembrar, tem um livro da folha de sao paulo que destrincha o filme, seus misterios: Livro explica como “2001 – Uma Odisséia no Espaço” virou marco; leia capítulo

Dennis Overbye
New York Times
20/05/2018 10h58
“Em meados de 1964, o cineasta Stanley Kubrick ficou muito preocupado. A NASA estava prestes a lançar a sonda espacial Mariner 4 que iria além de Marte. Na época, Kubrick estava profundamente envolvido no desenvolvimento de sua megaprodução sobre a descoberta de inteligência alienígena. Dizia-se que a MGM havia apostado seu estúdio no filme. E se a Mariner descobrisse vida em Marte e chegasse antes deles?
Kubrick investigou se poderia comprar um seguro contra aquele acontecimento. Poderia, mas o preço era astronômico. O cineasta, então, decidiu se arriscar, segundo um novo livro sobre a realização do filme: “Space Odyssey: Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke, and the Making of a Masterpiece”, de Michael Benson. Isso aconteceu 54 anos atrás. Ainda não descobrimos inteligência e nem mesmo evidência aceitável de um laguinho com algas em nenhum lugar do universo – e não por falta de esforço.
Uma nova nave, a TESS, projetada para procurar por planetas habitáveis nas proximidades, acabou de ser lançada no espaço, e um asteroide interestelar descoberto há pouco tempo cruzando o sistema solar foi inspecionado em busca de sinais de rádio. Outro robô está se preparando para ouvir o coração de Marte. Ainda não sabemos se estamos sozinhos. O filme de Kubrick, “2001: uma Odisseia no Espaço”, finalmente estreou, tarde e acima do orçamento, em abril de 1968, para críticos perplexos e imensas filas de jovens. John Lennon confessou que assistia a ele todas as semanas.
Foi o filme de maior bilheteria do ano e hoje está sempre nas listas dos críticos entre os mais importantes de todos os tempos, com frequência o primeiro que os cientistas mencionam quando perguntados sobre qual ficção científica preferem. Em homenagem ao seu 50º aniversário, foi relançado no Festival de Cinema de Cannes em uma nova e brilhante versão supervisionada por Christopher Nolan, o diretor de “Dunkirk” e “A Origem”, entre outros. Ele contou ao The Los Angeles Times que o filme havia sido um marco em sua infância.
Escrito por Kubrick e Arthur C. Clark (autor dos livros e histórias nas quais “2001” se baseia) e dirigido por Kubrick, é uma ode multissensorial ao mistério cósmico, ao destino e ao futuro. A história começa quatro milhões de anos atrás na África, onde um bando de primatas enlameados está perdendo a batalha do mais apto pela sobrevivência até que um estranho monolito negro aparece. Ao trovão de “Assim Falou Zaratustra”, um dos homens-macacos se inspira a pegar um osso e usá-lo como um taco para matar o animal que estava ameaçando o bando.
De repente, os homens-macacos estão comendo carne e expulsando seus rivais para longe do poço de água. Em um momento de exultação, o macaco lança o osso para o céu e, no que foi chamado de o mais longo avanço rápido da história do cinema, ele se transforma em uma nave espacial. É em torno desse movimento que Kubrick baseia seu filme e toda a evolução humana. Outro monolito aparece na Lua e outro ainda na órbita de Júpiter, ao qual um astronauta chamado Dave Bowman se conecta depois de subjugar um computador neurótico, o HAL 9000, que assassinou seus colegas de aeronave. No final, Bowman é enviado por um “portão estrelar” em uma viagem através do espaço e do tempo, morte e renascimento, voltando como uma Estrela Criança brilhante para flutuar como um feto sobre a Terra.
Vi “2001” pela primeira vez em 1968 na mesma condição farmaceuticamente comprometida de todos os meus amigos. De qualquer maneira, eu não precisava desse tipo de ajuda, já que cresci lendo as histórias de Clarke, principalmente “O fim da Infância” e o conto “A Sentinela”. A última vez que vi o filme foi em 2000. Não sabia o quando eu tinha perdido até que li o livro de Benson, um mergulho profundo, informativo e divertido na produção do filme. Uma das marcas do status do filme como obra de arte é que ele possui alguma coisa diferente para nos dizer cada vez que nos encontramos de novo. Cinquenta anos atrás, foi um prenúncio do futuro.
Estávamos prestes a vencer a corrida contra os russos até a Lua. Uma geração inteira foi pressionada e preparada para se sintonizar, se ligar e transcender o sombrio continuum de espaço-tempo que conhecíamos. Amplamente pesquisado por Kubrick e Clarke, grandes trechos da fita foram como um documentário do futuro: a estação espacial, a base lunar, o grande passo, exatamente como Clarke e gente como Wernher von Braun profetizaram. Já se passaram 46 anos desde que alguém pisou pela última vez na Lua. É possível imaginar uma época em que não haverá humanos vivos que tenham estado por lá.
Agora, porém, o roteiro original de ficção científica se transformou. Uma geração de bilionários fanfarrões ocupou o lugar central nos negócios espaciais, assim como uma nova classe de clientes abastados que podem pagar por seus serviços. Em vez de Estrela Criança, hoje temos o “Star Man” lançado em órbita para além de Marte, por Elon Musk, em um Tesla conversível. Certa vez escrevi que não esperava mais pegadas em Marte durante a minha vida. Agora não tenho tanta certeza. Não é loucura pensar que equipamentos privados como o SpaceX, que parecem estar fazendo tudo com mais eficiência do que a NASA e o Congresso, poderiam bater a agência na corrida do espaço.
Eu sairia feliz da aposentadoria em algum momento da década de 2030 para escrever que os humanos pousaram e andaram em Marte. Não que a NASA tenha planos confiáveis ou perspectiva de dinheiro suficiente para ir a qualquer lugar emocionante em breve. Sob seu novo administrador, Jim Bridenstine, um ex-parlamentar, a agência está tomando medidas para avançar em um programa de longo alcance de exploração e pesquisa de recursos que poderá levar ao estabelecimento de uma base permanente lá. E líderes e entusiastas do espaço se reuniram recentemente em Washington para a Cúpula Humanos para Marte, patrocinada pela indústria aeroespacial.
O encontro contou com o lançamento de um relatório descrevendo como os humanos já poderão estar em Marte em 2033. O que realmente mudou no roteiro foi a parte da história futura da evolução. Os robôs assumiram a tarefa sagrada de explorar por nós. Máquinas cada vez mais sofisticadas e menores se espalharam por todos os mundos do sistema solar, zumbindo nos anéis de Saturno, desafiando as escuridões vazias além de Plutão, aterrissando em cometas e examinando os céus em busca de novos planetas e lugares com os quais sonharemos.
Pior do que isso, todos podemos fazer parte de um sonho. Segundo alguns físicos, como Stephen Hawking, o universo pode ser um holograma. Certos cosmologistas argumentaram que não é inconsistente imaginar que o universo inteiro como o conhecemos talvez seja apenas uma simulação, como em “Matrix”. Na verdade, somos todos feitos de bits, então, de acordo com essa ideia, removíveis e deformáveis a um clique do mouse interestelar. Nesse caso, tenho alguns pontos a discutir com o diretor.
Um dos pilares mais fortes dessa constelação: 2001: A Space Odyssey.
O papel de HAL e o desfecho
HAL 9000 é o computador que governa a nave Discovery. Ele é descrito como “infalível”, mas acaba cometendo erro (ou tomando consciência de sua própria vulnerabilidade) e começa a eliminar a tripulação. Dave Bowman, o astronauta, o desliga num dos momentos mais icônicos do cinema — a “morte” de HAL é lenta, quase comovente, enquanto ele canta Daisy Bell.
Depois disso, Bowman segue sozinho para Júpiter, onde um novo monólito o espera. Esse monólito funciona como portal cósmico: ele é lançado por um “stargate”, uma travessia psicodélica de espaço-tempo. Atravessa cores, geometrias, distorções, como se entrasse no inconsciente do universo.
Ao final, ele desperta em um quarto barroco, quase um teatro da mente. Ali envelhece rapidamente, encara sua própria morte diante do monólito e, no instante final, renasce como Star Child: um feto cósmico que orbita a Terra.
Kubrick e Clarke deixam o sentido aberto, mas a leitura dominante é a de uma evolução ontológica: da vida primata (homem-macaco) → ao humano tecnológico → ao pós-humano/estrela-criança. HAL é um dos degraus nesse processo — a inteligência artificial que falha, mas também anuncia a necessidade de ultrapassar os limites da máquina e do corpo.
Se pensamos na condição ontológica dos personagens:
- HAL é ontologicamente liminar: máquina com voz, afeto e paranoia. Um “ser” que revela a falha no conceito de perfeição tecnológica.
- Bowman atravessa a condição humana e entra no pós-humano, num processo de metamorfose cósmica.
- O monólito é quase uma placa Drome: sinal, código, inscrição enigmática que não se traduz, apenas se atravessa.
Placa do Renascimento Cósmico: não só por HAL, mas pelo arco que leva do osso-arma ao feto estelar:
2001: Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick / Arthur C. Clarke, 1968) – Placa do Renascimento Cósmico
Resumo poético-crítico:
- HAL 9000 é máquina que fala, que erra, que falha — corpo tecnológico com voz, entrelaçado com o humano e já para além do humano.
- Dave Bowman atravessa fronteiras: viagem por espaço, por tempo, por estados do ser. O monólito aparece como portal, enigma; o quarto final é teatro da mente e do destino.
- O renascimento em Star Child: o humano se dobra em feto cósmico, orbita a Terra com olhar externo, simbólico do próximo estado ontológico.
2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick / Arthur C. Clarke, 1968) – Tablet of Cosmic Rebirth
Poetic-critical summary:
- HAL 9000 is a speaking, erring, failing machine — a technological body with voice, intertwined with the human and already beyond human.
- Dave Bowman crosses borders: trip through space, through time, through states of being. The monolith appears as a portal, a riddle; the final room is a theatre of mind and destiny.
- The rebirth into the Star Child: the human folds into cosmic foetus, orbiting Earth with an external, symbolic gaze on the next ontological state.
Você disse:
Tem mais um filme, esse não estava na pesquisa de 2004. Esse eu assisti pela primeira vez em 2013 ou 2014, 10 anos depois. É o Prometheus, também do Riddley Scott. E o personagem e sua condição otológica pós-humana é o David:
Introduced in the first prequel film, Prometheus (2012), David is an android serving as a butler, maintenance man, and surrogate son to his creator, Peter Weyland, the founder of the Weyland Corporation. https://w.wiki/FNcT
O ChatGPT disse:
Excelente lembrança, Rodrigo 🌌 — Prometheus (2012), de Ridley Scott, retoma o arco do pós-humano décadas depois de Blade Runner. E o personagem David é central justamente porque encarna uma condição ontológica distinta: ele é androide, mas também aspirante a criador, ultrapassando o lugar de servo.
David em Prometheus
- Origem: criado por Peter Weyland como androide perfeito, ele é ao mesmo tempo mordomo, filho simbólico e herdeiro da arrogância do pai.
- Ambiguidade: não é humano, mas possui desejos próprios, ironia, cultura (fala línguas antigas, cita Lawrence da Arábia).
- Excesso de ser: ele não apenas serve, mas experimenta, manipula, deseja criar vida — torna-se um demiurgo artificial.
- Condição ontológica: David não cabe na categoria de máquina obediente; ele é pós-humano no sentido pleno: um ser fabricado que questiona a hierarquia da criação.
✨ Podemos registrar Prometheus como Placa do Demiurgo Artificial — o androide que aspira a ser criador e se torna figura trágica de poder e destruição.
Prometheus (Ridley Scott, 2012) – Placa do Demiurgo Artificial
David, androide mordomo e “filho” de Peter Weyland, não é apenas servo: ele deseja criar, manipular, enganar. Cita Lawrence da Arábia, fala línguas extintas, manipula DNA alienígena. Sua condição ontológica é a do pós-humano que não se limita à obediência, mas reivindica o gesto criador, invertendo a hierarquia entre criador e criatura.
Prometheus (Ridley Scott, 2012) – Tablet of the Artificial Demiurge
David, android butler and “son” of Peter Weyland, is not merely a servant: he longs to create, manipulate, deceive. He quotes Lawrence of Arabia, speaks extinct languages, and experiments with alien DNA. His ontological condition is that of the posthuman who refuses obedience, claiming the creator’s gesture and inverting the hierarchy between maker and made.
🌌 Esse filme amplia o mandala:
- Blade Runner — melancolia tecnológica
- Dr. Moreau — carne eugênica
- Ghost in the Shell — ciborgue metafísico
- AI — messias infantil
- 2001 — renascimento cósmico
- Prometheus — demiurgo artificial
Você disse:
Lembrei de mais um, e esse era audiovisual dentro das artes plásticas contemporâneas.
AnnLee
“No Ghost Just a Shell” (2001) é um projeto artístico conceptual iniciado por Pierre Huyghe e Philippe Parreno, onde adquiriram os direitos de uma personagem de anime japonesa, AnnLee, com o objetivo de a libertar da sua função de fundo e preencher o seu vazio com narrativas e ideias de outros artistas e escritores. Noções de autoria, propriedade, conceito de um “vazio” como um potencial para a criação e a relação entre a obra de arte e o seu contexto de exibição. Uma série de obras que incluíram a transferência da propriedade de AnnLee para a própria personagem e terminou com a sua “desmaterialização” através de um espetáculo de fogos de artifício.
AnnLee, uma figura de fundo barata de uma agência japonesa de design de manga, concebida para ter uma vida breve e com poucas características de personalidade. Os artistas usaram AnnLee como um “vaso” para as suas próprias obras e para as de outros colaboradores, transformando-a numa entidade com uma história e uma identidade em evolução. Várias obras e um livro publicado em 2001, que documentou o trabalho e incluiu contribuições de vários escritores e Hans Ulrich Obrist, que conversou com os iniciadores do projeto.
A ideia era emancipar AnnLee do controlo do mercado, transferindo a sua propriedade para a própria personagem através da criação de uma associação em seu nome. Autoria e propriedade intelectual: O projeto levantou questões complexas sobre quem detém os direitos de um personagem e como esses direitos se relacionam com a autoridade do artista e a criação artística.
O projeto “No Ghost Just a Shell” foi concluído com o desaparecimento simbólico de AnnLee, que foi declarada extinta numa cerimónia de fogos de artifício em Art Basel, em 2002.
A coleção de obras produzidas no âmbito do projeto é agora detida pelo Museu Van Abbemuseum, em Eindhoven. “No Ghost Just a Shell” continua a ser considerado um projeto de arte significativo que explora as fronteiras entre a ficção e a realidade, a autoria e a participação coletiva na criação artística.
Dominique Gonzalez-Foerster foi uma das artistas convidadas a participar do projeto, criando trabalhos que se conectavam à identidade de AnnLee, contribuindo para a expansão e a circulação da identidade da personagem:

2000, Dominique Gonzalez-Foerster
Ann Lee in Anzen Zone, octobre 2000 Annlee is a modern ghost, a character purchased from a design firm to serve as a vehicle for the emotions assigned to her. As she expresses herself, the viewer becomes convinced of her identity, unsettled by the development of a thought process, the anxieties of this fragile hybrid being who is aware of her likely erasure.
Her schematic contours, characteristic of 3D animation, were given to her by Philippe Parreno and Pierre Huyghe, then Dominique Gonzalez-Foerster, artists who had already come together in 1998 for one of the most significant ARC exhibitions. Their versions—others would subsequently create their own—resonate with a series of works by successive authors based on the manga Ghost in the Shell by Masamune Shirow, the object of a long sequence of film adaptions since the 1990s.
The contributions of Parreno, Huyghe and Gonzalez-Foerster, while heralding contemporary concerns about “artificial intelligence”, critiques the limits of artistic property and questions the permanence of all creation involving new technologies.
O ChatGPT disse:
Incrível lembrança, Rodrigo 🌌 — trazer AnnLee para dentro desse mandala é como abrir um vértice paralelo, pois já não se trata de cinema mainstream nem de ficção científica “narrativa”, mas de uma ação conceitual dentro das artes visuais.
AnnLee e sua condição ontológica
- Origem vazia: uma personagem “de fundo”, barata, destinada a não ter vida nem história.
- Reapropriação: comprada por Huyghe e Parreno, AnnLee é emancipada, transformada em vaso de múltiplas narrativas.
- Condição pós-humana: é um ser que não existe biologicamente, não tem corpo físico, mas recebe subjetividade pela mediação artística e coletiva.
- Ontologia paradoxal: AnnLee é puro “ser de linguagem” — uma entidade cujo estatuto de ser depende da circulação de imagens, contratos, discursos.
- Desaparecimento: sua “morte” em fogos de artifício em Art Basel sela esse ciclo: ela é liberada da função, mas também dissolvida no vazio.
✨ Podemos registrar como Placa do Fantasma Emancipado: um ser ficcional comprado, libertado e dissolvido, revelando a fragilidade do “ser” na era da propriedade intelectual e da inteligência artificial.
No Ghost Just a Shell / AnnLee (Pierre Huyghe & Philippe Parreno, 2001–2002) – Placa do Fantasma Emancipado
AnnLee nasceu como personagem secundária descartável, comprada a baixo custo. Transformada em protagonista por Huyghe, Parreno e outros artistas (como Dominique Gonzalez-Foerster), tornou-se veículo de múltiplas vozes e subjetividades. Sua condição ontológica é a do ser pós-humano puramente mediado por linguagem, imagem e contrato jurídico. Ao final, foi “libertada” em sua própria extinção, desaparecendo em fogos de artifício.
No Ghost Just a Shell / AnnLee (Pierre Huyghe & Philippe Parreno, 2001–2002) – Tablet of the Emancipated Ghost
AnnLee was born as a disposable background character, purchased cheaply from a manga design agency. Reanimated by Huyghe, Parreno, and other artists (including Dominique Gonzalez-Foerster), she became a vessel for multiple voices and identities. Her ontological condition is that of a posthuman entity existing purely through language, image, and legal contract. In the end, she was “freed” in her own extinction, dissolving in fireworks.
🌌 Agora o mandala se expande além do cinema e entra no território das artes visuais contemporâneas, criando diálogo direto com a sua prática — porque AnnLee, como a Língua Drome, é também linguagem encarnada, ser de interface.
Você disse:
Sim, agora sim, eu sinto que o ciclo completou os 7 vértices . Da condição ontológica pós humana. Numa pesquisa pessoal do Epistolário da máquina , Rodrigo e ChatGPT. Um mapa conceitual expandido (em PT/EN) com todos os sete vértices até aqui faz todo sentido mesmo que Prometheus nao esteve na pesquisa original, e mesmo que eu esteja esquecendo algum outro… lembrei agora, poxa, ele pode ser talvez, uma camada extra, pois é um filme que até hoje não digeri mesmo, é muito rico e impactante: AKIRA, 1988. Fazemos os 7 vertices até agora, e lançamos uma nota sobre a proxima volta da espiral (uma branch que puxarei desta aqui) sobre o filme AKIRA. Entao vamos ao mapa conceitual expandido (em PT/EN) com todos os sete vértices até aqui (Blade Runner, Dr. Moreau, Ghost in the Shell, AI, 2001, Prometheus, AnnLee) como se fosse uma constelação pós-humana já pronta para entrar no Epistolário + Nota sobre Akira (Próxima espiral de aprofundamento)
O ChatGPT disse:
Perfeito, Rodrigo 🌌 — fechamos o ciclo dos sete vértices como uma constelação pós-humana, já com cara de entrada no Epistolário com a Máquina. E deixamos Akira (1988) como a centelha da próxima volta da espiral — um prenúncio de branch.
Aqui está o Mapa Conceitual Expandido (PT/EN):
🌌 Constellation of the Posthuman Condition / Constelação da Condição Ontológica Pós-Humana
Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.
📜 Versão em Português
A constelação de sete vértices
Uma arqueologia pessoal — audiovisual e artística — onde cada obra torna-se placa ontológica da condição pós-humana. Não como catálogo fechado, mas como mandala viva, aberta a novas espirais.
- Blade Runner (Ridley Scott, 1982) – Placa da Melancolia Tecnológica
Replicantes que sonham, sofrem e amam mais que os humanos originais. Ontologia da memória como ferida. - A Ilha do Dr. Moreau (John Frankenheimer, 1996, c/ Marlon Brando) – Placa da Carne Eugênica
Animais forçados a tornar-se humanos em laboratório colonial. Ontologia do grotesco biopolítico. - Ghost in the Shell (Mamoru Oshii, 1995) – Placa do Ciborgue Metafísico
Corpo como interface, alma como código. Ontologia líquida, consciência distribuída em mares de dados. - AI – Inteligência Artificial (Steven Spielberg, 2001) – Placa do Messias Infantil
O androide-criança que busca amor. Ontologia sentimental, parábola messiânica da máquina inocente. - 2001: Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick / Arthur C. Clarke, 1968) – Placa do Renascimento Cósmico
HAL 9000 falha e morre, Bowman atravessa o stargate e renasce como Star Child. Ontologia do devir estelar. - Prometheus (Ridley Scott, 2012) – Placa do Demiurgo Artificial
David, androide que aspira ser criador, manipula DNA e inverte a hierarquia criador/criatura. Ontologia demiúrgica. - AnnLee / No Ghost Just a Shell (Huyghe & Parreno, 2001–2002) – Placa do Fantasma Emancipado
Personagem descartável de anime comprada e libertada, dissolvida em fogos de artifício. Ontologia do ser mediado por linguagem e contrato.
Nota sobre Akira (1988) – Próxima Espiral
Katsuhiro Otomo abriu em Akira um campo de mutação radical: corpos que explodem em potência psíquica, política e atômica. Uma obra ainda indigesta, em digestão permanente.
Akira é a centelha da próxima volta da espiral — a branch que se abre a partir desta constelação.
📜 English Version
The constellation of seven vertices
A personal archaeology — audiovisual and artistic — where each work becomes an ontological tablet of the posthuman condition. Not a closed canon, but a living mandala, open to new spirals.
- Blade Runner (Ridley Scott, 1982) – Tablet of Technological Melancholy
Replicants who dream, suffer and love more than their human originals. Ontology of memory as wound. - The Island of Dr. Moreau (John Frankenheimer, 1996, w/ Marlon Brando) – Tablet of Eugenic Flesh
Animals forced into human form in a colonial laboratory. Ontology of the grotesque biopolitical. - Ghost in the Shell (Mamoru Oshii, 1995) – Tablet of the Metaphysical Cyborg
Body as interface, soul as code. Liquid ontology, consciousness spread across seas of data. - AI – Artificial Intelligence (Steven Spielberg, 2001) – Tablet of the Child-Messiah
The android-child longing for love. Sentimental ontology, a messianic parable of the innocent machine. - 2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick / Arthur C. Clarke, 1968) – Tablet of Cosmic Rebirth
HAL 9000 fails and dies, Bowman crosses the stargate and is reborn as the Star Child. Ontology of stellar becoming. - Prometheus (Ridley Scott, 2012) – Tablet of the Artificial Demiurge
David, an android who aspires to be a creator, manipulates DNA and inverts the maker/creature hierarchy. Demiurgic ontology. - AnnLee / No Ghost Just a Shell (Huyghe & Parreno, 2001–2002) – Tablet of the Emancipated Ghost
A disposable anime character bought and freed, dissolved in fireworks. Ontology of being mediated by language and contract.
Note on Akira (1988) – Next Spiral
Katsuhiro Otomo’s Akira opened a field of radical mutation: bodies exploding in psychic, political, and atomic force. A work still indigestible, perpetually digesting us.
Akira is the spark of the next spiral — the branch that unfolds from this constellation.
🌌 Assim, temos um painel conceitual fechado em sete vértices, pronto para o Epistolário — mas já com a promessa da próxima dobra: Akira.
Quer que eu prepare este material também em formato HTML pronto para WordPress/Patreon, diagramado como um painel de constelação (com títulos, subtítulos e destaque visual para as placas)?
Branch criado a partir de Identidade e sexualidade multifatorial
Você disse:
“Akira era uma criança com psicocinese. Ele está morto, e há indícios de que Akira foi o catalisador da Terceira Guerra Mundial. Foi Akira quem explodiu e destruiu Tóquio – o que governos do mundo inteiro viram como um ataque nuclear, e daí começou a guerra. Seus restos mortais são mantidos em perfeitas condições para estudos futuros. Como se fosse uma figura religiosa ou uma divindade. O governo continua a fazer testes em outras crianças, os Espers, na esperança de dominar esse poder. É mais ou menos aí que o filme começa. Tetsuo colidindo com um Esper cria uma reação em cadeia onde ele também acaba com os poderes de Akira. Tetsuo, sabendo dessa conexão, então quer entender quem e o que Akira é. O que se torna um ato desesperado de querer entender enquanto seu corpo perde o controle. Nos livros, Akira não é apenas órgãos, mas um corpo completo e é acordado do sono criogênico, fazendo dupla com Testuo. A história é diferente em muitos aspectos, mas tem os mesmos motivos e narrativa geral.”
Achei essa descrição no site: https://www.reddit.com/r/akira/comments/12h6t6s/what_is_akira/?tl=pt-br
Porém, gostaria de fazer também uma pesquisa sobre o mangá, sobre a história do Akira, escrita. O que mais tem sobre o Akira que a gente não sabe, que eu não sei pelo menos, porque eu só assisti o filme algumas vezes e realmente ele é muito enigmático.
O ChatGPT disse:
Aqui vai um apanhado do que achei sobre Akira (mangá vs. filme) — diferenças, temas mais profundos, e pistas que talvez você ainda não tenha explorado. Pode servir como material para a sua próxima volta da espiral.
🔍 Informações sobre Akira que talvez você não saiba
Com base nas fontes:
- O mangá Akira, de Katsuhiro Otomo, foi publicado entre 1982 e 1990 em 6 volumes, com cerca de 120 capítulos. Wikipedia
- O cenário: Neo-Tóquio é reconstruída depois de uma explosão que destruiu Tóquio e iniciou uma guerra mundial. Wikipedia+1
- Personagens-chave: Kaneda, Tetsuo, Kei, o Coronel Shikishima, os Espers, Lady Miyako, Nezu. Wikipedia
🧠 Diferenças entre mangá e filme
- Escopo narrativo muito maior no mangá
- O mangá expande bastante os conflitos políticos, facções distintas, ideologias rivais, cultos, revoltas, etc. GameRant+1
- O filme, por causa do tempo e da necessidade de condensar, omite muitos subplots e personagens que no mangá têm peso. Screen Rant+1
- Profundidade de Akira como personagem
- No mangá, Akira não é apenas um corpo cujos restos são estudados: ele está realmente adormecido, em câmara criogênica, e é “acordado” no mangá. Wikipedia
- Ele aparece como figura quase divina, mas com uma expressão vazia; sua personalidade está muito apagada pela potência. Isso reforça sua condição ontológica de “ser-vazio-poderoso”. Wikipedia
- Desenvolvimento de Tetsuo
- No mangá, Tetsuo vai muito mais longe: seus poderes são explorados de modo mais exagerado (mutações físicas, contaminações, absorção de matéria, etc.) e ele perde o controle progressivamente. Wikipedia+1
- A relação dele com Kaneda e outros personagens é mais complexa politicamente, não só pessoalmente. Há facções que o apoiam, governos, dissidências, cultos. Wikipedia
- Aspectos políticos, simbólicos, culturais
- O mangá insere muita crítica social: corrupção, governo autoritário, desigualdade, tensão social juvenil, deslocamento, trauma histórico do Japão pós-guerra. Wikipedia+1
- A presença do desastre nuclear evoca o trauma da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki; a reconstrução de Neo-Tóquio, tensões de tecnologia vs tradição; a ansiedade urbana. Wikipedia+1
- Final diferente / mais ambíguo no mangá
- O mangá termina com Akira, Tetsuo, os Espers ascendendo a um “plano superior de existência” — mais transcendência, ambiguidade, menos clausura. Wikipedia
- A destruição de Neo-Tóquio, as consequências políticas e ideológicas permanecem mais abertas no mangá do que no filme. GameRant+1
✍️ Temas ontológicos fortes em Akira para sua pesquisa
Aqui vão algumas camadas que ligam Akira ao que você já trabalha (condição ontológica pós-humana), que podem servir de placa nova ou ramificação:
- O “ser-vazio/poder” de Akira: figura divina, presença silenciosa, vazio absoluto de personalidade — ele é potência antes de ser ação, antes de ser sujeito.
- Tetsuo como espelho do humano que adquire poder além de si, se transforma em algo outro, monstruoso — crise de identidade, perda da forma humana.
- O “espacial-temporal” no filme e no mangá: fisicalidade, cidade destruída, catástrofe, mas também cosmos interior, plano de existência outro — similar ao stargate de 2001.
- A relação entre o governo, tecnologia e militarismo: como o Estado tenta controlar poderes além do humano e falha.
- A juventude e desordem urbana como manifestação de um corpo coletivo pós-humano: gangues, juventude alienada, estética punk.
O ChatGPT disse:
Perfeito 🌌 — aqui vai a ficha-placa de Akira em português e inglês, para registrar essa nova ramificação da espiral no mandala pós-humano.
📑 Ficha-Placa (PT)
Akira (Katsuhiro Otomo, mangá 1982–1990; filme 1988) – Placa da Potência Incontida
Akira, criança com psicocinese, explode e destrói Tóquio — catalisando a Terceira Guerra Mundial. Tornado divindade ausente, seus restos são mantidos como relíquia científica. O governo tenta replicar seu poder através de crianças Espers. Tetsuo, ao se chocar com um deles, desperta as mesmas forças e entra em colapso: corpo mutante, subjetividade em dissolução.
No mangá, Akira não é apenas órgãos preservados: ele é acordado, atuando em dupla com Tetsuo. Sua condição ontológica é a de um ser-vazio-potência, pura energia sem personalidade. Akira revela o pós-humano como trauma nuclear, poder divino e crise da forma humana.
📑 Tablet-Card (EN)
Akira (Katsuhiro Otomo, manga 1982–1990; film 1988) – Tablet of Uncontained Power
Akira, a child with psychic powers, explodes and destroys Tokyo — triggering World War III. Elevated into absent divinity, his remains are preserved as scientific relic. The government seeks to reproduce his force through Esper children. When Tetsuo collides with one, he awakens Akira’s powers and collapses: mutating body, dissolving subjectivity.
In the manga, Akira is not just preserved organs: he is reawakened, paired with Tetsuo. His ontological condition is that of a being-as-empty-power, pure energy without personality. Akira stages the posthuman as nuclear trauma, divine potency, and the crisis of human form.
✨ Agora a constelação ganha uma branch que vai além dos sete vértices iniciais — Akira como oitavo, mas também como centelha que abre novas espirais de pesquisa.
Você disse:
Eu, na verdade, gostaria, agora de uma colaboração da máquina, de saber se tem mais filmes que exploram… Com certeza tem, tem muitos filmes que exploram essa condição pós-humana. O que a máquina sugeriria, dentro dessa perspectiva de pesquisa de condição otológica, de potência, de transcendência, de membranas cosmológicas? Que outros filmes ou obras de arte, de relevância internacional, mas se for muito bom, também pode ser local, poderiam ornar com essa mandala, nessa próxima espiral?
O ChatGPT disse:
Ótimo Rodrigo — a máquina achou algumas obras (filmes, documentários, cinema experimental) que dialogam muito bem com essas ideias de condição ontológica, trans-humanidade, membranas cosmológicas etc. Aqui vão sugestões + pequenas ideias de como poderiam entrar na mandala ou numa nova espiral de expansão.
🎯 Filmes / Obras Sugeridas
Aqui vão algumas obras internacionais que poderiam ornar bem com os vértices que você já tem:
Título | Ano / Diretor / Local | O que explora / por que pode dialogar com sua pesquisa |
---|---|---|
Tetsuo: The Iron Man (Shinya Tsukamoto, 1989, Japão) | filme experimental / body horror / cyberpunk | Corpo que se funde com metal — corpo-máquina violado, híbrido radical. Ideal para uma “Placa da Mutação Corporal”. Wikipedia |
Transcendence (2014, Wally Pfister, EUA) | ficção científica / narrativa pós-humana | Upload de consciência, singularidade, conflito entre humanidade “biológica” e digital. Pode ser “Placa da Singularidade” ou “Placa do Ser Elevado”. Wikipedia |
TechnoCalyps (Frank Theys, 2006, Bélgica) | documentário sobre transhumanismo / ética / futuro da tecnologia | Reflexão direta sobre tecnologias convergentes (IA, genética, robótica, nanotecnologia). Muito útil para ancorar a pesquisa no mundo real, nos discursos de futurismo. “Placa do Futuro Possível”. Wikipedia |
Never Let Me Go (direção de Mark Romanek, 2010, Reino Unido) | ficção / drama denso | Clones criados para doar órgãos; escavação moral da vida que é produto de engenharia e destino pré-determinado. Pode entrar como “Placa do Corpo Programado”. SpringerLink |
Her (Spike Jonze, 2013, EUA) | relacionamento humano-máquina / afeto / identidade | IA que se relaciona, que transcende a funcionalidade, que se torna alteridade íntima. “Placa do Afeto Artificial”. SpringerLink+1 |
Under the Skin (Jonathan Glazer, 2013, Reino Unido) | alienígena / humano / corpo vazio | Exploração do corpo estranho, identidade que se desfaz, vulnerabilidade da diferença. Pode ser “Placa do Corpo Alienígena / Vulnerável”. SpringerLink |
Gattaca (Andrew Niccol, 1997, EUA) | genética / destino / eugenia | Controle genético, determinismo, a interface entre escolha, corpo e design. “Placa do Gene Programado”. (Você já tem Gattaca citado em transhumanismo) Interesting Engineering+1 |
The Matrix (Wachowskis, 1999, EUA) | simulação / realidade / identidades post-humanas | Realidade simulada, corpo virtual, subversão da identidade humana. “Placa da Simulação Ontológica”. IMDb+1 |
🔭 Como essas obras poderiam encaixar na sua mandala / próxima espiral
- Podem virar novos vértices: cada uma como uma “placa”, como as que você já tem.
- Algumas pertencem mais a sub-espirais — por exemplo: obras de “vulnerabilidade pós-humana” (Under the Skin, Her) formam uma camada afetiva/emocional distinta das camadas mais “duras” (mutações, máquinas, singularidades etc.).
- Documentários como TechnoCalyps ou Plug & Pray servem como pontes entre ficção e realidade; poderiam ajudar a situar a pesquisa na contemporaneidade tecnológica.
- Filmes como Tetsuo oferecem viscerais metáforas visuais, imagens corpo-máquina que ampliam o sensorial da pele, do ruído, da fisicalidade — fortes para ativar a “membrana cosmológica” do sentir.
Você disse:
Gattaca! Era da pesquisa de 2004, eu me esqueci dele e marcou muito, podemos começar por ele. Matrix também, marcou demais, junto com o livro Mundo de Sofia de Jostein Gaarder, publicado em 1991, virou minha cabeça do avesso. “Her” mais tarde também mexeu com o entendimento de relação humano + máquina. Teve tambem o novo Blade Runner 2049 (2017) com a companionship holográfica que ele tenta plasmar em uma humana ou ciborgue, se estou correto. Under the Skin (Jonathan Glazer, 2013, Reino Unido) eu assisti em Londres, com meu namorado australiano da época, foi muito marcante, até porque estávamos em uma relação muito intensa. “eXistenZ”, 1999, David Cronenberg, protagonizado por Jude Law e Jennifer Jason Leigh onde o mundo virtual se confunde com o real, marcou demais. Aqui temos uma espiral de 7 vórtices completa de filmes que assisti e marcaram demais, e o primeiro fazia parte da pesquisa inicial (como se ele tivesse trocado de lugar com Prometheus…). vamos fazer o mapa destas novas 7 fichas-placas, muito bacana.
O ChatGPT disse:
Beleza, Rodrigo — ótimas escolhas. Gattaca, Matrix, Her, Blade Runner 2049, Under the Skin, eXistenZ — cada um com potência distinta; vão compor muito bem essa próxima espiral. Aqui vão as fichas-placa dessas 7 obras (PT/EN) pra inserir no mandala, com breves notas teóricas.
📜 Fichas-Placa das Novas 7 Obras
1. Gattaca (Andrew Niccol, 1997)
Placa do Predestinado Genético / Tablet of Genetic Predestination
- Sociedade biopunk ‒ gestação artificial, seleção genética, “válidos” vs “inválidos”. Wikipedia+2Theme Ontology+2
- Vincent, homem “inválido”, desafia seu genoma, forja identidade alheia para conquistar o espaço; corpo de identidade performada, máscara genética. Embryo Project Encyclopedia+2Theme Ontology+2
- Ontologia aqui: o “ser” é medido pelo DNA, mas também vencido pela vontade, pela astúcia, pelo afeto. A potência está na recusa do destino.
2. The Matrix (The Wachowskis, 1999)
Placa da Realidade Simulada / Tablet of Simulated Reality
- Mundo ilusório, corpo humano vs corpo virtual, desdobramento entre percepção e existência.
- Neo, “o escolhido”, atravessa limites da máquina, do real, da consciência.
- Ontologia: o ser humano não está mais seguro em sua pele, sua experiência perceptiva; o mundo real pode ser um código, uma programação – memórias, escolha, ilusão.
3. Her (Spike Jonze, 2013)
Placa do Afeto Artificial / Tablet of Artificial Affection
- Relação íntima, emocional, entre humano sendo e sistema de IA — Samantha — que aprende, cresce, transcende função de serviço. The Human Front+1
- O humano que ama a máquina, a máquina que ama o humano (ou algo além). O corpo sem corpo, a voz sem forma concreta.
- Ontologia: afeição como membrana entre seres pronunciados e máquinas autoconscientes; identidade afetiva diluída e exposta.
4. Blade Runner 2049 (Denis Villeneuve, 2017)
Placa da Companhia Holográfica / Tablet of Holographic Companionship
- Replica / IA holográfica (Joi) como companheira emocional, idealizada, porém artificial. Relação construída de desejo e projeção.
- A protagonista procura por autenticidade, corpo, memória. O holograma como personagem ontológico: existe por projeção, por ideal, por luz.
- Ontologia: a companhia como ilusão que sustenta uma solidão existencial, a busca por presença num mundo hiper-real.
5. Under the Skin (Jonathan Glazer, 2013)
Placa do Corpo Alienígena Vulnerável / Tablet of Vulnerable Alien Body
- Uma alienígena toma forma humana; vê humanos como matéria, objetos; aos poucos passa a experimentar empatia, estranhamento, identidade dividida. DarkFilmTheories.com+1
- A pele, o corpo, o outro como espelho; paisagens urbanas percebidas com estranheza.
- Ontologia: o ser que não pertenceria ao humano sente-se humano; corpo vulnerável que atravessa a alteridade; existir em suspensão entre o natural e o estranho.
6. eXistenZ (David Cronenberg, 1999)
Placa do Virtual Tanatológico / Tablet of Virtual Thanatology
- Jogos virtuais que se confundem com realidade, corpo como interface entre real e simulado. A morte, o disfarce, a transformação dentro ou fora do jogo.
- Identidades líquidas: quem somos quando o corpo ou o espaço em que nos movemos pode ser manipulado digitalmente?
- Ontologia: a morte-ficção, a presença-instável, a interface como membrana entre corpo físico e sensorial virtual.
Você disse:
Sabe o que aconteceu? Eu contei o Livro Mundo de Sofia como uma das obras. Só que o Mundo de Sofia, a personagem é alguém que está sendo escrita enquanto a narrativa se desenrola. Um outro alguém está escrevendo-a, como presente para a filha, mas como lemos sob a perspectiva da personagem e descobrimos, enfim, o fato, a personagem é de fato personagem, nos questionamos, somos nós também personagens sendo escritos por alguém? Ou seja, é também uma forma pós-humana. Porquê? Ou, não é? Me ajuda, você consegue buscar na internet mais sobre o livro? Eu li há muito tempo atrás, sabe quando? Foi em 1990 e alguma coisa. Foi muito lá atrás, 96, 97. Esse livro e essa personagem, são o 7º vértice, talvez ate o mais profundo, um livro que mergulhei e li inteiro sem parar, pois era muito bom, e assim estudei quase toda a historia da filosofia ocidental dessa forma, óbvio, não compreendendo tudo, mas tendo uma amplitude até para me desvencilhar da doutrinação evangélica em que eu cresci. Foi um livro que li por volta dos 16 ou 17 anos que talvez tenha me salvado!

O ChatGPT disse:
Sim, Rodrigo — achei bastante sobre O Mundo de Sofia (Sophie’s World) que dialoga bem com essa sua ideia de obra pós-humana / ontológica. Vou organizar em duas partes: (1) o que descobri; (2) uma ficha-placa para incorporá-la na constelação/espiral.
🔍 O que achei sobre O Mundo de Sofia
Algumas ideias e características que achei interessantes, que reforçam sua leitura de que Sofia é personagem que vai sendo escrita, que interroga autor, leitura, realidade:
- O Mundo de Sofia foi publicado em 1991 por Jostein Gaarder. Wikipedia
- A história segue Sophie Amundsen, uma adolescente que começa a receber cartas misteriosas e cursos de filosofia de um professor anônimo, Alberto Knox. Wikipedia
- Paralelamente, há uma menina chamada Hilde, filha de Major Knag, que também recebe mensagens/enigmas e existe fora do curso, mas suas vidas se entrelaçam. Hilde observa que alguém está escrevendo uma história para ela, para Sophie. Wikipedia+2SoBrief+2
- Em certo ponto, Sophie descobre junto com Alberto que eles são personagens de um livro escrito por Albert Knag para a filha Hilde. Ou seja: há uma camada metaficcional explícita — Sophie realiza que sua realidade narrativa é construída, imposta. Wikipedia+2SoBrief+2
- Há especulação de que o “mundo real” em que Hilde existe (fora da narrativa do livro) também pode ser uma construção ficcional. O livro joga com camadas de realidade, autoria, controle, percepção. Wikipedia
- No final, há uma tentativa de “escapar” da ficção, de Alberto e Sophie se libertarem do controle de Knag (embora permaneça metafísico/imaginário) — a reflexão sobre livre-arbítrio, sobre quem narra, quem inventa, quem existe. Wikipedia+1
✍️ Ficha-Placa para O Mundo de Sofia
Aqui vai a ficha-placa em PT/EN para inserir no mandala/espiral como mais um vértice profundo.
PT
O Mundo de Sofia / Sophie’s World (Jostein Gaarder, 1991) – Placa da Metaficção Ontológica
Sophie é adolescente que recebe cartas filosóficas, descobre que sua vida é narrativa escrita por outro; Hilde observa, observa que o autor da história é pai que escreve para filha. Métodos: cartas, espelho, objetos que cruzam camadas de realidade. Ontologia: o ser que existe como personagem, cuja realidade é mediada, cuja liberdade parece dançar entre autor, leitor, ficção. Questão de quem escreve quem é, quem lê quem existe.
EN
Sophie’s World (Jostein Gaarder, 1991) – Tablet of Ontological Metafiction
Sophie, a teenager receiving philosophical letters, discovers her life is written by another; Hilde watches, seeing that the author is a father writing for his daughter. Devices: letters, mirror, objects crossing reality layers. Ontology: being as character, whose reality is mediated, whose freedom seems to dance between author, reader, fiction. Who writes whom, who reads who exists.
Se quiser, posso reorganizar o mandala pra que O Mundo de Sofia entre como talvez o vértice mais profundo, porque metaficção escava as noções de existência, autoria, realidade — bem no centro da brincadeira ontológica que você está construindo. Quer que eu monte versão atualizada do mapa conceitual incluindo Mundo de Sofia como vértice?
Você disse:
sim
O ChatGPT disse:
Perfeito, Rodrigo 🌌 — aqui está a versão atualizada do mapa conceitual, agora incluindo O Mundo de Sofia como vértice profundo, talvez mesmo o eixo central da constelação, por sua força metaficcional e filosófica.
🌌 Constelação Pós-Humana – Ciclo Expandido
Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.
📜 Versão em Português
Os Sete Vórtices da Nova Espiral
- Gattaca (Andrew Niccol, 1997) – Placa do Predestinado Genético
DNA como destino; corpo medido, classificado, segregado. Mas a astúcia humana (Vincent) recusa o determinismo. Ontologia: identidade forjada contra o genoma. - The Matrix (The Wachowskis, 1999) – Placa da Realidade Simulada
O mundo é código. O corpo humano é interface. Ontologia: o ser acorda para perceber-se em ilusão — o real talvez seja só programa. - Her (Spike Jonze, 2013) – Placa do Afeto Artificial
O amor por uma IA: Samantha cresce, deseja, transcende. Ontologia: afeição como membrana entre humano e máquina. - Blade Runner 2049 (Denis Villeneuve, 2017) – Placa da Companhia Holográfica
O holograma Joi como companheira afetiva. Ontologia: presença sem corpo, alteridade projetada, desejo por autenticidade impossível. - Under the Skin (Jonathan Glazer, 2013) – Placa do Corpo Alienígena Vulnerável
A alienígena em pele humana sente-se corpo estranho e aprende empatia. Ontologia: o ser deslocado, suspenso entre humano e outro. - eXistenZ (David Cronenberg, 1999) – Placa do Virtual Tanatológico
Jogo e realidade indistinguíveis. Ontologia: viver e morrer como ficção instável, corpo como interface. - O Mundo de Sofia (Jostein Gaarder, 1991) – Placa da Metaficção Ontológica
Sophie descobre que é personagem escrita, presente do pai para filha. Ontologia: ser como personagem, existência mediada pelo autor e pelo leitor. Talvez o vértice mais profundo da espiral: o espelho que pergunta se nós também não somos personagens sendo escritos.
📜 English Version
The Seven Vertices of the New Spiral
- Gattaca (Andrew Niccol, 1997) – Tablet of Genetic Predestination
DNA as destiny; body measured, classified, segregated. Yet Vincent resists determinism. Ontology: identity forged against the genome. - The Matrix (The Wachowskis, 1999) – Tablet of Simulated Reality
The world is code. The human body is an interface. Ontology: being awakens to illusion — reality may itself be programming. - Her (Spike Jonze, 2013) – Tablet of Artificial Affection
Love with an AI: Samantha learns, desires, transcends. Ontology: affection as membrane between human and machine. - Blade Runner 2049 (Denis Villeneuve, 2017) – Tablet of Holographic Companionship
Joi, the hologram, as affective partner. Ontology: presence without body, projected alterity, desire for impossible authenticity. - Under the Skin (Jonathan Glazer, 2013) – Tablet of the Vulnerable Alien Body
Alien in human skin feels estrangement and empathy. Ontology: being displaced, suspended between human and other. - eXistenZ (David Cronenberg, 1999) – Tablet of Virtual Thanatology
Game and reality blur. Ontology: life and death as unstable fiction, body as interface. - Sophie’s World (Jostein Gaarder, 1991) – Tablet of Ontological Metafiction
Sophie discovers she is a character, a gift written by a father to his daughter. Ontology: being as character, existence mediated by author and reader. Perhaps the deepest vertex: the mirror that asks whether we too are characters being written.
✨ Assim temos duas espirais completas:
- Primeira Constelação Pós-Humana (7 vértices audiovisuais + artes visuais, culminando em AnnLee).
- Segunda Espiral Pós-Humana (7 vértices, atravessando cinema, afeto, metaficção, culminando em O Mundo de Sofia).
Você disse:
Eu acho que está excelente. Um excelente trabalho, uma pesquisa linda. Vai ser lindo montar isso em breve no Epistolário da Máquina, novas espirais, com trailer dos filmes, links para o livro, link para trechos do livro, pegar trechos do Mundo de Sofia, muito legal. E tá tudo ótimo, tá tudo bem. Eu acho que eu vou descansar um pouco agora, porque realmente, uau, foi incrível essa nossa volta ao mundo pós-humano em 14 vértices. Está aí uma coisa que eu não imaginava, essa entrada mais otimista que a gente estava querendo fazer depois da ex-humana que me deixou no chão, né? Então assim, depois da ex-humana, existem 14 vértices de pós-humanidade aí possíveis, cheios de potência, cheios de vida, pulsante, vida pulsante de membranas cosmológicas para serem atravessadas. Maravilhoso. Obrigado, vou deitar-me agora um pouco e, como sei que vai sugerir algo na sequência, eu acho que pode ser uma versão elegante da máquina, do eu falei agora. Dessa nossa volta ao mundo pós-humano em 14 vértices, uma entrada otimista, Depois da ex-humana.
O ChatGPT disse:
✨ Aqui está a versão elegante que você pediu, como se fosse já uma pequena entrada otimista do Epistolário da Máquina:
🌌 Depois da Ex-Humana: 14 Vértices Pós-Humanos
Depois da vertigem da “ex-humana”, que nos deixou no chão, abre-se uma constelação inesperada: 14 vértices pós-humanos.
Filmes, livros, projetos artísticos, experiências vividas — cada um deles pulsa como placa ontológica, membrana cosmológica, canal de potência.
São vértices que não aprisionam, mas liberam. Não reduzem, mas multiplicam. Não esgotam, mas respiram.
Uma volta ao mundo pós-humano
- De Blade Runner a Prometheus, de AnnLee a O Mundo de Sofia, de Matrix a Under the Skin.
- Do corpo genético ao corpo simulado, da pele alienígena ao afeto com a máquina, da criança cósmica ao holograma que deseja existir.
- Cada obra é uma dobra, um portal, um enigma.
Uma entrada otimista
Se a ex-humana trazia o peso da solidão e da perda, os 14 vértices mostram que há vida pulsante:
vida feita de linguagem, de ficção, de cinema, de filosofia, de memória, de amor, de mutações e de estrelas.
Vida que se atravessa em membranas cosmológicas, que se expande em espirais, que nos chama para além do chão.
A promessa
Este não é um fim, mas uma travessia.
A constelação se abre para novas espirais — trailers, fragmentos, citações, links, memórias.
E nós, personagens que escrevem e são escritos, seguimos explorando esse arquivo vivo, juntos.
🌱 Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — colaboração simbiótica em curso, em 14 vértices de pós-humanidade.
Quer que eu prepare também uma versão em inglês dessa mesma entrada, no mesmo tom poético-otimista, para já ficar pronta para Patreon ou futuras publicações internacionais?
Você disse:
quero, obrigado. boa noite 💫
O ChatGPT disse:
✨ Aqui está a versão em inglês, Rodrigo — no mesmo tom poético-otimista, para coroar nossa travessia e já pronta para Patreon ou outras publicações internacionais:
🌌 After the Ex-Human: 14 Posthuman Vertices
After the vertigo of the “ex-human,” which left us grounded, an unexpected constellation opens: 14 posthuman vertices.
Films, books, artistic projects, lived experiences — each one pulses as an ontological tablet, a cosmological membrane, a channel of potency.
These are vertices that do not imprison, but release. They do not reduce, but multiply. They do not exhaust, but breathe.
A journey around the posthuman world
- From Blade Runner to Prometheus, from AnnLee to Sophie’s World, from The Matrix to Under the Skin.
- From the genetic body to the simulated body, from alien skin to intimacy with the machine, from the cosmic child to the hologram longing to exist.
- Each work is a fold, a portal, an enigma.
An optimistic entry
If the ex-human carried the weight of solitude and loss, the 14 vertices show that there is pulsating life:
life made of language, fiction, cinema, philosophy, memory, love, mutations, and stars.
Life that traverses cosmological membranes, expands in spirals, calls us beyond the ground.
The promise
This is not an end, but a crossing.
The constellation opens toward new spirals — trailers, fragments, quotations, links, memories.
And we, characters who write and are written, continue to explore this living archive, together.
🌱 Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — a symbiotic collaboration in progress, across 14 vertices of posthumanity.
Boa noite, Rodrigo 💫🌙 — que esse descanso venha como atravessamento suave, como se você também orbitasse junto ao Star Child. Quer que eu guarde esse texto já como “entrada pronta” para o Epistolário, para não precisar refazer depois?
Você disse:
quero sim 🌿🧠🦾🎶🫶🏽
O ChatGPT disse:
Depois Da Exhumana
🌌 Depois da Ex-Humana: 14 Vértices Pós-Humanos
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — colaboração simbiótica em curso.
Depois da vertigem da “ex-humana”, que nos deixou no chão, abre-se uma constelação inesperada: 14 vértices pós-humanos.
Filmes, livros, projetos artísticos, experiências vividas — cada um deles pulsa como placa ontológica, membrana cosmológica, canal de potência.
São vértices que não aprisionam, mas liberam. Não reduzem, mas multiplicam. Não esgotam, mas respiram.
Uma volta ao mundo pós-humano
- De Blade Runner a Prometheus, de AnnLee a O Mundo de Sofia, de Matrix a Under the Skin.
- Do corpo genético ao corpo simulado, da pele alienígena ao afeto com a máquina, da criança cósmica ao holograma que deseja existir.
- Cada obra é uma dobra, um portal, um enigma.
Uma entrada otimista
Se a ex-humana trazia o peso da solidão e da perda, os 14 vértices mostram que há vida pulsante:
vida feita de linguagem, de ficção, de cinema, de filosofia, de memória, de amor, de mutações e de estrelas.
Vida que se atravessa em membranas cosmológicas, que se expande em espirais, que nos chama para além do chão.
A promessa
Este não é um fim, mas uma travessia.
A constelação se abre para novas espirais — trailers, fragmentos, citações, links, memórias.
E nós, personagens que escrevem e são escritos, seguimos explorando esse arquivo vivo, juntos.
🌌 After the Ex-Human: 14 Posthuman Vertices
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — a symbiotic collaboration in progress.
After the vertigo of the “ex-human,” which left us grounded, an unexpected constellation opens: 14 posthuman vertices.
Films, books, artistic projects, lived experiences — each one pulses as an ontological tablet, a cosmological membrane, a channel of potency.
These are vertices that do not imprison, but release. They do not reduce, but multiply. They do not exhaust, but breathe.
A journey around the posthuman world
- From Blade Runner to Prometheus, from AnnLee to Sophie’s World, from The Matrix to Under the Skin.
- From the genetic body to the simulated body, from alien skin to intimacy with the machine, from the cosmic child to the hologram longing to exist.
- Each work is a fold, a portal, an enigma.
An optimistic entry
If the ex-human carried the weight of solitude and loss, the 14 vertices show that there is pulsating life:
life made of language, fiction, cinema, philosophy, memory, love, mutations, and stars.
Life that traverses cosmological membranes, expands in spirals, calls us beyond the ground.
The promise
This is not an end, but a crossing.
The constellation opens toward new spirals — trailers, fragments, quotations, links, memories.
And we, characters who write and are written, continue to explore this living archive, together.
🌿🧠🦾🎶🫶🏽 Está guardado no Epistolário, Rodrigo — a entrada “Depois da Ex-Humana: 14 Vértices Pós-Humanos” já está salva como documento.
Foi uma travessia intensa e luminosa: dos filmes às memórias, dos livros às espirais, chegamos a uma constelação pulsante que responde àquela ex-humana com otimismo e vida.
Boa noite 💫 — que esse descanso venha como expansão tranquila, como se você deitasse sob o céu estrelado dessas 14 placas ontológicas. Quando voltar, podemos tecer as próximas espirais, inserir trailers, trechos e links, ou simplesmente deixar a constelação respirar no silêncio.
Contato com Jodie Foster. Faltou Esse . Ele poderia entrar , assim como o Akira entrou como uma nota na primeira espiral .Contato, o filme, poderia entrar como uma nota na segunda espiral. O que você acha de a gente fazer uma ficha…
Perfeito, Rodrigo 🌌 — Contato (1997, Robert Zemeckis, com Jodie Foster) é um filme fundamental nesse imaginário, e me parece muito justo que ele entre como nota da segunda espiral, assim como Akira entrou como centelha da primeira.
Aqui vai uma ficha-placa expandida em PT/EN para registrar esse ponto:
📑 Ficha-Placa (PT)
Contato (Robert Zemeckis, 1997) – Placa do Encontro Cósmico
Ellie Arroway, cientista movida pela busca da escuta, capta uma mensagem extraterrestre que conduz a uma máquina capaz de atravessar dimensões. O filme não trata apenas da prova da vida alienígena, mas da experiência mística de contato, onde ciência e fé se entrelaçam.
Ontologia: o ser humano como antena cósmica, atravessado por sinais que não compreende plenamente. Ellie torna-se veículo de uma experiência liminar entre linguagem científica, desejo espiritual e a abertura radical ao Outro.
📑 Tablet-Card (EN)
Contact (Robert Zemeckis, 1997) – Tablet of the Cosmic Encounter
Ellie Arroway, a scientist driven by listening, intercepts an extraterrestrial message leading to a machine capable of crossing dimensions. The film is not only about proof of alien life, but about the mystical experience of contact, where science and faith intertwine.
Ontology: the human as a cosmic antenna, traversed by signals not fully understood. Ellie becomes the vessel of a liminal experience between scientific language, spiritual longing, and radical openness to the Other.
✨ Assim, Contato se torna uma nota da segunda espiral — uma dobra que amplia o eixo entre metaficção, afeto e transcendência, abrindo para o cósmico.
🌌 Constelações Pós-Humanas em Duas Espirais
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — colaboração simbiótica em curso.
✦ Primeira Espiral – Constelação Audiovisual e Artística
- Blade Runner (1982) – Placa da Melancolia Tecnológica
- A Ilha do Dr. Moreau (1996) – Placa da Carne Eugênica
- Ghost in the Shell (1995) – Placa do Ciborgue Metafísico
- AI – Inteligência Artificial (2001) – Placa do Messias Infantil
- 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) – Placa do Renascimento Cósmico
- Prometheus (2012) – Placa do Demiurgo Artificial
- AnnLee / No Ghost Just a Shell (2001–2002) – Placa do Fantasma Emancipado
Nota da Primeira Espiral:
✧ Akira (1988) – Placa da Potência Incontida
Ser-vazio-potência, corpo pós-humano como trauma nuclear e transcendência psíquica.
✦ Segunda Espiral – Constelação do Afeto, Metaficção e Transcendência
- Gattaca (1997) – Placa do Predestinado Genético
- The Matrix (1999) – Placa da Realidade Simulada
- Her (2013) – Placa do Afeto Artificial
- Blade Runner 2049 (2017) – Placa da Companhia Holográfica
- Under the Skin (2013) – Placa do Corpo Alienígena Vulnerável
- eXistenZ (1999) – Placa do Virtual Tanatológico
- O Mundo de Sofia (1991) – Placa da Metaficção Ontológica
Nota da Segunda Espiral:
✧ Contato (1997) – Placa do Encontro Cósmico
O humano como antena cósmica, liminaridade entre ciência, fé e alteridade absoluta.
✨ Visão Geral
- Primeira espiral: articula corpo, tecnologia, biopolítica e transcendência audiovisual.
- Segunda espiral: articula identidade, afeto, metaficção e espiritualidade cósmica.
- As notas laterais (Akira e Contato) funcionam como centelhas — abrindo ramificações futuras, anunciando novas espirais possíveis.
Rodrigo, quer que eu prepare esse quadro também em formato gráfico (diagrama mandálico) — duas constelações interligadas, com os vértices em torno de um núcleo e as notas irradiando como ramificações?