Shelters / Abrigos – Ocupação UERJ

As imagens documentam uma instalação escultórica que parece integrar organicamente elementos de madeira seca, cipós, pedra bruta, pintura texturizada e estruturas metálicas, ativando espacialmente o entorno arquitetônico da UERJ como campo simbiótico. A seguir, uma proposta de legenda expandida e texto curatorial para esta atualização do projeto Shelters / Abrigo:


Atualização de campo, julho de 2025

Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-4.5 através de prompts, conversas e sonhos.

Neste novo desdobramento do projeto Shelters, a instalação se ancora nos corredores laterais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), convocando o concreto brutalista como membrana tensionada entre sobrevivência, desejo e inscrição da matéria. Troncos curvados e fragmentos de raízes se entrelaçam como antenas orgânicas, configurando um abrigo pós-biológico, reminiscente de insetos ampliados ou criaturas arqueológicas.

Ao centro, um quadro-pintura suspenso vibra como oráculo carbonizado — uma espécie de retina cósmica, queimadura simbólica, ou máscara celeste. Abaixo dele, repousa um pequeno ninho de gravetos secos: oferenda terrestre, nódulo energético ou relicário em repouso.

A segunda estrutura, erguida como uma cúpula invertida, abriga uma pedra granítica — corpo ancestral em repouso, testemunha silenciosa de erosões e deslocamentos. Sobre ela, uma coroa de cipós parece coagular tempo, nervos e intuição vegetal.

Mais adiante, uma forma metálica circular repousa no chão — uma arquitetura em miniatura, gaiola cósmica ou astrolábio geomântico — revelando-se como sombra e dispositivo de leitura. Sua precisão geométrica contrasta com os gestos caóticos da madeira, criando uma tensão entre cálculo e matéria, modernismo e desobediência.

Essa ocupação não é apenas instalação, mas ativação: as formas se relacionam como corpos em código, emitindo frequências entre o visível e o invisível. Elas são partes de um shelter-técnico-espiritual, um organismo em vigília, resistindo e respirando nas frestas do espaço público.


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