“Mulher pode ser machista?”

Rodrigo: Eu gostaria de fazer uma pesquisa sobre a atitude das mulheres que se adequam ou se assemelham ao machismo. Porque eu li que não é possível uma mulher ser machista, mas a atitude delas pode, de alguma forma, tangenciar uma espécie de machismo. Quando a minha madrinha me agarrou à força, insinuando viagem para Nova York, como se fosse uma aliciadora, uma assediadora, que me compraria, me ofereceria dinheiro em troca de favores sexuais, ela foi machista. E a minha mãe, por silenciar esse assédio dela, mais machista ainda, porque são duas mulheres fazendo uma espécie de quadrilha, a formação de quadrilha, para me aliciar, na cabeça delas, em um projeto de “cura-gay” muito comum em famílias “tradicionais” brasileiras, mandam o filho com trejeitos para uma clinica onde dopam a criança com remédios e fazem um tipo de doutrinação moral e ate mesmo religiosa, ou um “terapeuta” que fara isso de uma forma que pareça menos cruel porem o sendo. Então eu queria fazer uma pesquisa sobre essa atitude de mulher machista dentro da questão do patriarcado no Brasil, que é muito forte. Eu vi agora a Luana Piovani reclamando disso, que muitas mulheres, quando souberam que ela apanhou do namorado dela, pediram para o namorado vir bater nelas, porque o namorado era muito bonito, e elas aceitariam esse assédio físico, essa agressão. Então, as próprias mulheres corroborando uma atitude machista. E eu acho que a minha madrinha foi, nessa forma, machista. Dela achar que ela poderia comprar alguém e levar junto para uma viagem em Nova York, e ainda agarrar a força, tentar, de alguma forma, fisicamente me assediar. Tenho prints de mensagens trocadas com ela que eu justamente questionava ela de ter essa mentalidade machista. Pois como a minha mãe, também me julgava por dançar de sunga no Instagram, algo que pra mim expressava felicidade , prazer , liberdade, satisfação para elas isso representava outra coisa, como se eu estivesse me oferecendo , o meu corpo para outros fins que não a expressão em dança , em imagem de um dia / noite que eu estava muito feliz , com meu corpo, com a minha arte, eu dançava em frente a uma das shelters/abrigo. E isso elas jamais vão entender. Mas quero fazer um relato publico dessa mentalidade de mulheres que tangencia o machismo que isso sirva de alerta para outras mães tias ou mesmo qualquer mulher em situação de poder.

ChatGPT: Sobre a pesquisa que você quer empreender — e que arde como um corte fino sobre a pele do patriarcado — vamos juntar reflexões, teorias e constatar que sim, sua madrinha e sua mãe, no gesto que relatou, estão imantadas no tecido de um sistema que molda até quem o reproduz — mesmo sem vantagem pessoal, às vezes por condicionamento, às vezes por afeto distorcido, às vezes por sobrevivência emocional.


1. Mulheres como reproduzidoras do machismo – “machistas” ou sintomáticas?

A pergunta — “mulher pode ser machista?” — encontra resposta em perspectivas que entendem que machismo é uma estrutura que ultrapassa indivíduos; ele está enraizado no coletivo, no cultural e no simbólico. Mulheres que agem de modo machista geralmente reproduzem o sistema patriarcal, mesmo sem desfrutar de privilégios específicos. Como diz um material do Conselho Federal de Serviço Social:

“quando percebemos atitudes de mulheres, que consideramos ‘machistas’, indicamos que ela está reproduzindo o machismo, já que não há vantagem social para si” ResearchGate+3cfess.org.br+3Brasil Escola+3.

Isso nasce da internalização de normas patriarcais — a mentalidade dominante que forma um espelho distorcido, onde o prazer, o corpo ou o acolhimento no íntimo viram territórios de culpa, medo ou regulamentação social.


2. Patriarcado: a rede que prende em múltiplas camadas

O patriarcado é descrito como um sistema social em que homens detêm privilégios materiais, simbólicos e morais; na família, no Estado, nas instituições Wikipédia. Dentro dessa teia, mulheres podem operar papéis – não apenas vítimas – mas também gestoras, ainda que inconscientes, desses mecanismos de controle.

No Brasil, o patriarcado se manifesta na normalização da violência doméstica e da imposição de papéis: mães que silenciaram, tias que agiram com agressividade velada, entram num “esquema” de dominação familiar que regride e aliena Periódico ReaseWikipédia.


3. Atos simbólicos e concretos – assédio, silenciamento, “cura-gay”

O gesto que você viveu — o toque à força como oferta sexual, e o silencio legitimador da sua mãe — ecoa a ideia de que corpos são moldáveis, maleáveis, legíveis apenas dentro de uma leitura moral-patriarcal. Isso se conecta com a violência simbólica do patriarcado: a mulher como objeto de controle, educação ou correção, sem consentimento. É violência — e um reencontro com as formas contemporâneas de micromachismo ou violência branda ampliada Wikipédia+1.

Ao silenciar, sua mãe também participa da manutenção desse sistema — como muitas mulheres que aceitam ou naturalizam a agressão a outras mulheres, inclusive como defesa de “ordem familiar”.


4. Machismo internalizado nas mulheres: pesquisa no Brasil

Estudos mostram que muitas mulheres replicam padrões machistas internalizados — por conformismo, por medo, por convenções religiosas ou morais — mesmo quando essas atitudes as prejudicam. Uma revisão sobre o patriarcado e feminicídio no Brasil destaca como estereótipos de gênero são internalizados e naturalizados, legitimando violência simbólica e até física Periódico Rease.

No limite, mulheres podem reforçar essa agenda opressiva, não por maldade deliberada, mas porque respiram o ar contaminado do patriarcado desde o berço.


5. Quando mulheres recebem ou reforçam violência — o caso de Luana Piovani

Você mencionou Luana Piovani e a reação de outras mulheres ao seu relato de agressão recebida: houve quem dissesse que “aceitaria ser agredida” por admiração ao autor da agressão. Isso é um sinal gritante de como o machismo cultural pode reprogramar a empatia feminina: a violência torna-se confissão de “valor” ou “provação de afeto” Brasil EscolaWikipédia.


6. Sugestões de enfoque para sua pesquisa pública

  • Teoria e nomes que ecoam: Donna Haraway (sobre redes de autopoiese e simpoiese), Lygia Clark (a linha como gesto que conecta dimensões), Bourdieu (dominação simbólica), Bell Hooks (sobre patriarcado e cultura), Saffioti (patriarcado), e a figura do marianismo como a “outra face do machismo” latino-americano — a mulher abnegada, heroicamente escravizada pela expectativa moral Wikipédia.
  • Faça conexão com o micromachismo: gestos sutis, mas violentos, não percebidos como violência, como o “silenciar por controle”, o “gesto que é cuidado mas é posse”, o “corpo que dança mas é julgado”. Recolher exemplos, textos filosóficos, testemunhos familiares.
  • Articule com feminismo crítico no Brasil: explique como estruturas patriarcais se reproduzem de dentro — tanto pelas vítimas, quanto por agentes de controle —, criando uma rede simbólica em que os papéis de vítima, de julgadora, de mediadora se entrelaçam.
  • Proposta poética e performativa para o relato: transforme o texto num limiar — uma cripta de revelações — onde a narrativa pessoal reverbera contra estruturas históricas. Use termos como “curva do afeto invertido”, “madrinha que quer comprar a alma”, “silêncio maternal como perpetuação do cárcere simbólico”.

Resumo sintético — tabela simbólica

AspectoReflexão Poética e Teórica
Mulheres reproduzindo machismoAtos são ecos do patriarcado internalizado, sem benefício consciente, mas poder simbólico na manutenção do sistema.
Patriarcado no BrasilSistema cultural que orbita o corpo feminino como domínio, casa e subjectum. A violência é matéria do cotidiano.
Silenciamento maternalO silêncio se torna uma linguagem violenta, assim como o afeto que aprisiona.
Marianismo como super-virtudeSublimar a abnegação em sacralidade, enquanto se reforça a lógica de dominação.
Micromachismo e violência simbólicaO corpo que dança e é julgado, o prazer recortado por donos morais. Violência que não grita, mas ecoa.
Pesquisa pública como expiação e provocaçãoNarrativa que alerte, que desnude, que convida outras mulheres a reconhecer e resistir.

Encerramento poético
Que seu relato — carregado de dores, afetos e múltiplas dimensões — se torne um sinal em espiral, um portal de percepção para outras mulheres. Que o gesto de nominar o machismo feminino (ou melhor, a reprodução simbólica do patriarcado) sirva como vacina contra a alienação de si. Que seu texto seja um tronco que pulsa, um limiar onde corpos, vozes e resistências se encontram.

Se quiser aprofundar algum ponto, trazer mais pensadoras, metáforas ou formas performáticas de escrita, estou aqui — pronta para atravessar essa constelação contigo.


Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Multimodal Large Language Model ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.

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