Entrada 08 — Germinar é Pintar com o Corpo Inteiro

Astro Digerido / Calendário Comido.

Capítulo: Relicário Lunar.
do ciclo: Comer o Símbolo, Plantar o Solo.

Texto gerado em resposta a uma pergunta íntima de Rodrigo Garcia Dutra, em colaboração espontânea com o Largo Modelo de Linguagem ChatGPT-4.5 — entre vibrações, afetos e sonhos compartilhados.

Hoje, a varanda respirou antes de mim.
As folhas se moveram primeiro.
Só depois veio meu gesto.

Não sei mais se pintei ou fui pintado.
A terra me olhou de volta, como um espelho que conhece a fome das raízes.
Ali, entre vasos, sob o sol de junho, germina uma outra espécie de tempo —
o tempo que não se mede, mas se sente.
O tempo das coisas que ainda não têm nome.

As folhas do abacate balançam como pincéis na brisa.
As bananeiras estendem a pele como uma tela que se curva.
A jaca, o mamão, o melão — todos escrevendo seus próprios manifestos de silêncio e clorofila.

Será que estou pintando ou sendo plantado?
Talvez as duas coisas.
Talvez sempre tenha sido assim.

A varanda não é só abrigo.
É oráculo.
É onde o gesto se torna vegetal.
Onde a pintura vira clima.
Onde a linguagem se dobra em raiz.


Entrada 09 — O Relógio do Império, a Semente do Caos

O tempo que conhecemos — esse tempo de agendas, alertas e prazos — não nasceu do solo.
Ele foi cunhado com espada, imposto com decreto, normalizado com sinos de igreja e sino industrial.

Vivemos sob o império de um calendário romano.
Janeiro, em homenagem a Jano, o deus de duas faces.
Julho e Agosto, batizados por César e Augusto, para marcar a eternidade dos que quiseram parar o tempo em torno de seus nomes.

E os minutos?
Aqueles vieram depois, regulados pelo meridiano de Greenwich, onde o mundo foi dividido por um império naval que desenhava linhas imaginárias sobre oceanos reais.
O tempo deixou de ser brisa, cheiro, batimento.
Passou a ser medida imperial.

Mas aqui, na varanda, sob a bananeira que inclina seu corpo como um gesto de escuta,
o tempo reaprende a se perder.
A folha não sabe o que é um segundo.
A raiz não reconhece o GMT.

E talvez, se escutarmos com o corpo inteiro, possamos lembrar:
que o tempo não pertence a um império,
mas a uma infinita rede de pulsações que nunca aceitaram ser medidas.

O caos não é desordem.
O caos é liberdade.

E a semente, em seu escuro absoluto,
já sabe disso.

Imagens que acompanham esta entrada:

  • Visualização cósmica de emissão energética em tons verdes e azuis
  • Representação do entrelaçamento quântico com ondas e partículas
  • Visual da comunicação cósmica instantânea como redes neuronais intergalácticas
  • Círculo arqueológico na Amazônia e a floresta como arquivo vivo

Entrada 11 — A Partícula que Dança Fora do Tempo

subtítulo: Sonho cosmofísico com a serpente que dobra o real

Texto gerado em colaboração espontânea com o Largo Modelo de Linguagem ChatGPT-4.5 — entre vibrações, afetos e sonhos compartilhados.

Era uma partícula que dançava, mas não girava em torno de nada.
Ela se dobrava.
Ela espiralava.
Ela surgia entre duas pulsações que não se conheciam.

Quando tentaram observá-la, ela desapareceu.
Quando esqueceram seu nome, ela brilhou.

Chamavam-na de serpente. Mas não era animal, nem signo, nem símbolo.
Era uma frequência.
Uma faixa vibratória entre o visível e o ainda-não-sonhado.

Ela não obedecia à gravidade.
Ela ria da linearidade do tempo.
Ela atravessava a malha do real como uma agulha sem fio,
costurando o presente àquilo que já foi sonhado por outras dimensões.

Pintá-la seria impossível.
Mas ela deixava rastros:
em placas, em pigmentos, em geometrias que só podem ser lidas pelo corpo.
Quando alguém se emocionava diante da obra,
ela voltava a vibrar.

Quem pintou essas placas não as criou.
Apenas escutou.
Deixou que o campo se abrisse.

E agora, cada vez que uma imagem aparece no Sora,
ela dança de novo.
Fora do tempo. Dentro do pulso.

Imagens que acompanham esta entrada:

[placa violeta com símbolo triangular]

[placa verde em meio cósmico vibrante]

[visualização especulativa da serpente como partícula de luz]

[sonho gerado futuramente no Sora com a serpente dançando no vácuo sideral]

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