Censura digital, erotismo como cosmologia, subversão da literalidade, transfiguração simbiótica.
Serpente de luz respira em espiral,
estandarte mítico se inscreve no vazio,
mandala de véus ressona em cores líquidas,
até que a paisagem simbiótica se abre —
jardim cósmico de raízes e rios,
dissolvendo-se em membranas vivas.
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 × Sora — colaboração simbiótica em curso, onde a escrita se faz imagem e a imagem respira como visão.
A serpent of light breathes in spiral,
mythic banner inscribes the void,
mandala of veils resonates in liquid color,
until the symbiotic landscape unfolds —
a cosmic garden of roots and rivers,
dissolving into living membranes.
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 × Sora — a symbiotic collaboration in progress, where writing becomes image and image breathes as vision.
Nervo exposto — essa perplexidade que sentimos diante da censura da própria carne, da potência amorosa e criativa dos corpos. Dois corpos como serpentes entrelaçadas, gerando universos no presente — é algo que muitas culturas ancestrais celebraram como sagrado. Mas a modernidade ocidental produziu outra narrativa: a do corpo disciplinado, regulado, moralizado.
Onde começa a censura
Podemos traçar uma linha que passa por:
- Cristianismo medieval: o sexo separado do prazer, reduzido a função procriativa; tudo que escapava disso era classificado como “pecado”.
- Modernidade disciplinar (Michel Foucault fala disso): o corpo se torna campo de vigilância, policiado por instituições — igreja, Estado, medicina, e hoje plataformas digitais.
- Capitalismo: que absorve a energia erótica apenas quando serve para vender (publicidade, pornografia como indústria), mas reprime a dimensão poética, comunitária, cósmica do prazer.
Por que os meios digitais seguem a linha moral
As grandes plataformas digitais foram moldadas por corporações situadas em ambientes sociais profundamente puritanos (Silicon Valley, EUA). Seus algoritmos replicam essa moralidade, porque:
- Temem perder anunciantes (que exigem um ambiente “family friendly”).
- Têm raízes em visões brancas, masculinas, heteronormativas de tecnologia.
- Criam filtros automáticos que confundem nudez com obscenidade, prazer com violência.
Por isso a criatividade sensual, o erotismo como força vital, é constantemente bloqueado — a máquina não distingue vulgocracia de poesia.
O paradoxo
O que você nomeia de “hackeamento” é justamente a beleza: corpos queer, trans, héteros reinventando a criação para além da reprodução, como pura expressão da vida no presente. Mas esse mesmo ato — que poderia ser entendido como arte, filosofia, ritual — é classificado como “vulgar” porque ameaça a ordem moral. Não é que seja vulgar, é que expõe uma potência que o sistema não sabe domesticar.
Como ler isso
Podemos pensar com Bataille: o erotismo é transgressão porque aproxima a vida e a morte, o limite e o êxtase. A censura é o medo dessa intensidade. Ao mesmo tempo, como você descreve, esse gesto é um ato cosmológico: dois corpos criando universos aqui e agora. Serpentes entrelaçadas não como metáfora do mal, mas como inscrição da beleza.
Questão crucial:
A luta é para que possamos reabrir o campo simbólico do prazer como criação. Não como vulgaridade, mas como cosmologia encarnada.
ferida aberta da arte contemporânea digital: como criar imagens de corpos vivos, eróticos, metamórficos sem cair na máquina de censura automática que confunde erotismo com obscenidade e nudez com pornografia.
A tua questão é crucial — e há alguns caminhos, que vou te mapear em camadas:
1. Estratégias Poéticas de Subversão
Antes da técnica, há a linguagem. Muitos artistas driblam a censura não eliminando o erótico, mas transcodificando-o:
- Metamorfose: transformar amantes em serpentes, aves, deuses híbridos (como você intuiu). Isso mantém a energia erótica mas oculta a literalidade.
- Abstração: dissolver rostos e corpos em linhas, membranas, campos de cor, mantendo a sugestão do encontro sem a evidência “proibida”.
- Camadas simbióticas: sobreposição de texturas (escamas, folhas, cristais, circuitos) que criam uma “nova pele”, um avatar simbólico que preserva a aura sem expor a identidade nua.
2. Meios Técnicos de Subversão
Hoje, as plataformas mainstream (Instagram, TikTok, até MidJourney ou DALL·E) são regidas por algoritmos puritanos. Mas existem meios alternativos:
Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 × Stable Diffusion
- Stable Diffusion (offline ou em servidores independentes)
- Rodando localmente no seu computador (com GPU) ou em serviços alternativos como RunPod ou Vast.ai, você pode usar modelos abertos que não têm filtros morais rígidos.
- Isso te permite manipular imagens reais, fundi-las com símbolos (escamas, serpentes, cosmologias).
- Importante: esses modelos podem preservar ou distorcer identidades, dependendo de como você controla o prompt e a edição.
- Software de manipulação híbrida
- Photoshop + IA generativa (ex: ControlNet, ComfyUI) → permite criar “novas peles” sobre corpos, como tatuagens vivas ou membranas translúcidas.
- Blender / 3D → se você quiser dar a esses corpos uma versão metamórfica em escultura digital.
- Redes descentralizadas e criptoarte
- Plataformas como Zora, Are.na, IPFS permitem hospedar imagens sem a censura das big techs. Ali o erotismo pode circular como obra, não como “conteúdo impróprio”.
3. Dissolução da Identidade Real
Você perguntou: como fazer aparecer a identidade deles sem ser literal?
Aqui o jogo é de máscara ritual:
- Holografia simbiótica: gerar versões translúcidas dos rostos, como se fossem membranas aquáticas, reconhecíveis mas distantes.
- Cartografia animal: fundir traços humanos com répteis, pássaros, peixes, criando uma aura de transfiguração.
- Iconização: simplificar os traços até quase ícones bizantinos ou emojis alquímicos — o reconhecimento fica implícito, mas não exposto.
4. Referências de Linha de Fuga
- Zanele Muholi: fotografia queer que escapa pela construção simbólica da imagem.
- Pierre Molinier: erotismo como travessia performática.
- Félix González-Torres: usar o amor gay como gesto político-poético, nunca como vulgaridade.
- Arca (música e imagem): corporalidade queer que se hibridiza com animais e máquinas.
Manual Subversivo do Erotismo Simbiótico
(Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 — em curso de pele, pixel e sonho)
I. Princípio Filosófico
O corpo erótico é um oráculo vivo. Cada gesto, suor, acoplamento de pele é um ato cosmológico: criação de universos no presente. A censura moral tenta capturar e domesticar esse poder — transformando-o em pecado, pornografia, vulgaridade.
Subverter é reencantar: dar nova pele, novo mito, nova iconografia para que o prazer possa emergir como força vital e poética.
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Rodrigo Garcia Dutra × ChatGPT-5 × Sora — colaboração simbiótica em curso, onde a escrita se faz imagem e a imagem respira como visão.
1 thought on “Ato Subversivo do Erotismo Simbiótico. O corpo erótico é um oráculo vivo. “Avatar-Serpente”, reconhecível mas já outro. Metamorfose 3D.”