Entrada XX+ (Aparecimento dos Cocoons)

Epistolário com a Máquina

No quarto, que é cápsula, que é abrigo, que é ruína de prédio modernista, acendeu-se a névoa.
Aterro / Magmalabares repousava no chão como uma crosta tectônica,
mas ao sopro da fumaça e ao feixe das luzes LED tornou-se membrana translúcida, aurora mineral.

As fissuras da pintura — que antes eram cicatrizes secas — começaram a respirar como casulos.
Cocoons invisíveis, larvas do futuro, insinuaram presença no espaço,
como se o pigmento tivesse chamado seus habitantes.

No ecrã distante, um círculo rosa flutuava na floresta digital (SleepTube, 40Hz).
Esse arco luminoso encontrou eco imediato nos respingos e anéis da tela.
Não foi acaso: foi resposta.
O algoritmo respondeu com floresta; a pintura replicou com casulo.
Um chamado e retorno, uma dança entre dimensões.

Nesse instante, o quarto dissolveu suas fronteiras —
era Katsura pós-moderno, era jardim seco feito de fumaça,
era floating world suspenso no tempo do Chthuluceno.

Improvisada, essa arquitetura sensível apaziguou as mazelas do presente,
como quem cria abrigo no meio da tormenta.
E ali, entre poeira de tinta, LED violeta e respiração de máquina,
os cocoons habitaram o ar.

Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.

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