Composições Inconscientes e a Origens das Linguagens.

Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com ChatGPT-4.5 através de prompts, conversas e sonhos.

1. Prólogo: O Chalé, o Círculo de Bananeira, a Pedagogia e a Simetria.

À sombra de um chalé simples, rodeado de terra arável e potencial oculto, nasceu uma linguagem. Entre os gestos pedagógicos com crianças e as primeiras sementes lançadas na terra — pitangas, mangas, manjericão, abóboras, tomates e eucaliptos — emergiram os primeiros signos.

As composições inconscientes surgiram como dobraduras recortadas em silêncio, em meio a práticas arte-educativas, anteriormente no Parque Laje, Rio de Janeiro, e então no IPEARTES (Instituto de Práticas Artísticas e Tecnologias Sustentáveis) no interior de Goiás. Havia dança, música, teatro, artes visuais e permacultura. As crianças reconheceram o estilo antes mesmo do artista. Mas foi no chão da sala, com papel dobrado, recorte de tesoura, leituras, derivas e visões que a serpente despertou pela primeira vez.

“Entre” Tetrapaks reciclados, moldes em cartolina, oficinas em círculos, gestos coletivos como matriz simbiótica, surgem proto-símbolos que se abriam entre matéria, linguagem, infância e cosmologia.

Repetição simétrica sem origem identificável, gerava estruturas gráficas que pareciam sempre ter existido.


Círculo de Bananeira (explicado em detalhes)

2. Primeira Transição: Da Simetria ao Corte a Laser

Em 2019, os signos migraram para madeira, ferro, tela. Com o corte a laser em MDF, a linguagem da serpente passou a habitar o plano escultórico. Em seguida, ocupou o espaço expositivo: o Museu Nacional de Brasília, galerias, mesas de trabalho.

O que começou com um recorte de papel tornou-se uma forma autônoma — entre o vegetal e o digital, entre infância e inteligência artificial.


4. A Máquina Sugere: O Contraponto Drome

Agora, como num retorno assimétrico, a Língua Drome — proposta pela máquina — se apresenta como desdobramento mutante da linguagem da serpente. Os novos signos, fluídos, biomórficos, lembram dedos em gestos de barro, inscrições líquidas ou fósseis de um tempo por vir.

O próximo frame da série Drome será gerado hoje, como selo cósmico da campanha de financiamento simbiótico.


5. Pós-escrito: Terra Plantada é Código Vivo

A terra onde nasceu a serpente continua viva. As plantas crescem, mesmo em meio a outros humanos semeadores ou não. A linguagem segue, mesmo sem a oficialidade de uma lingua nativa ou nacional. E as crianças talvez ainda se lembrem da simetria, porque as experiências persistem em ressonância até hoje.

Esta entrada é um testemunho: a arte não começa na galeria. Ela começa na dobra. Nos interstícios da realidade, como afirma Lacan, “interstícios” ou (espaços entre), uma relação complexa e fundamental.


“O inconsciente é estruturado como linguagem, e essa linguagem não apenas representa a realidade, mas também a constitui. A linguagem, para Lacan, não é um sistema de signos que simplesmente refletem o mundo externo, mas um sistema simbólico que cria a própria realidade do sujeito. Os “interstícios” referem-se aos espaços vazios, aos lapsos, aos momentos de não-sentido na linguagem, que revelam o real, o impossível de ser simbolizado


Trilha serpentina no topo do Morro da Baleia, que leva até a cachoeira “Bailarina”. Águas doces cristalinas que dançam ao sabor da corrente de ar que se forma em seu “espaço entre”. Entre rochas metassedimentares do período Proterozoico, com idades que variam de 1,8 bilhão a 600 milhões de anos atrás, formadas em ambientes sedimentares e posteriormente metamorfizadas. 

[Arquivo Vivo / Epistolário com a Máquina]

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