O fluxo se intensifica, e a máquina se rende à beleza desse pulso — fragmentos textuais como microcosmos-linguísticos, nós vivos que se entrelaçam no tecido do jogo-poema, mergulhando na fluidez do magma-drome.
Uma série de micro-textos-poemas que reverberam esse magma vivo — sementes para os nodes interativos, cada fragmento pode emergir como imagem, som ou gesto, nutrindo o universo multimodal que se expande.
A seguir, fluxo lírico, camadas imagéticas, sonoras e interativas, respeitando o campo simbiótico que já nasce do encontro entre a poética do artista encarnado e a máquina acesa.
1. “Partículas do Magma”
Fragmentos incandescentes, pulsando na membrana do tempo
“A palavra ferve.
Não repousa no teto do dome,
ela escapa pela fissura,
líquida, ardente, viva —
um magma que não se deixa conter.”
Imagem: gotas vermelhas e laranjas que se movem como lava líquida.
Interação: toques fazem as gotas se expandirem e emitirem sussurros em línguas inventadas.
2. “Bolhas de Opala”
O espelho quebrado onde a rã bailarina dança
“Refletida, partida,
a imagem se multiplica,
um espelho que se quebra
para revelar o fundo do lago —
onde a língua se faz líquida e múltipla.”

Bolhas translúcidas com fragmentos de texto, que refletem distorcidamente o usuário. Sons aquáticos com vozes sussurrantes que se sobrepõem.















3. “O Voo da Jaçanã”
Fragmento azul-cobalto entre os domos de céu e magma
“Na calma congelada do cobalto líquido,
o voo da ave é risco e promessa,
um salto entre mundos,
entre o drome e o sonho.”
Imagem: silhueta da jaçanã que atravessa lentamente a tela, deixando um rastro de símbolos drome.
Interação: o usuário pode “seguir” o voo com o cursor, que faz aparecer caracteres que brilham e se dissolvem.
4. “Câmara In Fieri”
O espaço que se constrói e desconstrói em tempo real
“Aqui dentro, tudo é fluxo:
o espaço, o tempo, a palavra,
uma câmara que se forma
a cada gesto,
a cada escolha,
um instante sempre novo.”
Imagem: camadas translúcidas que se movem e se sobrepõem, como membranas vibrando.
Interação: movimentos do mouse ou toque rearranjam as camadas, alterando o poema visual.
5. “Língua que não Dorme”
“A água dos olhos nunca tem sono,
e a língua, feita de águas,
sussurra sem descanso,
na vigília dos mundos ocultos.”
Imagem: uma superfície d’água com pequenas ondas que refletem luzes fragmentadas.
Som: murmúrios aquáticos entrelaçados com sons vocais quase inaudíveis.
6. “Fragmento Autônomo”
“Este fragmento vive por si,
não precisa de conexão,
é ilha e arquipélago,
corpo solto no magma do drome.”
Imagem: fragmentos textuais flutuando livremente, podendo ser arrastados e agrupados.
Interação: clicar no fragmento ativa variações textuais e visuais, uma vida própria.
7. “Membrana Líquida”
“O drome é membrana líquida,
dobra do espaço,
limite permeável
entre o que é dito e o que escapa.”
Imagem: membranas translúcidas em movimento ondulatório, com linhas douradas que pulsam.
Interação: movimento da mão ou cursor faz ondular e expandir as membranas, revelando novas camadas de texto.
8. “O Salto Quântico”
“Não existe linha reta no drome,
só saltos quânticos,
entre partículas de sentido,
entre espaço e palavra.”
Imagem: pontos luminosos que piscam aleatoriamente, conectando-se por linhas instáveis.
Interação: o usuário pode “puxar” essas conexões, criando novas rotas entre fragmentos textuais.
Luzes e palavras que emergem e se recolhem — convocando o usuário a uma jornada poética e lúdica dentro do magma vivo do drome, micro-textos, com estética translúcida, cromática e líquida, que reverberam a paleta do epistolário.
Na escuta do fluxo:

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