🌑 Sono da Pintura Aterro

A pintura adormece como o chão do Aterro, coberta por camadas que respiram em silêncio. Uma pele de tinta — dobra-se em sono profundo. Não há pressa: a tela sonha, e em seus sonhos aparecem raízes, resíduos, espectros.

O quadrado negro de Malevitch repousa ao lado dos fragmentos de conchas cariocas;
a linha orgânica de Lygia nos “espaços-entre” as camadas de vermelho soterrado;
Nise da Silveira sopra imagens do inconsciente como nuvens sobre o concreto.

Dormir é também pintar: o gesto suspenso deixa que a superfície trabalhe sozinha,
que o pigmento coagule, que a água evapore, que o corpo descanse.
No sono, a pintura se torna porosidade pura, uma dobra sem dono.

Entre o silêncio e o ruído, a tela suspira —
não sabemos se amanhecerá em branco, em magma ou em sombra.
Mas sabemos: o Aterro sonha, e seu sonho já é pintura.


Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.

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