Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-4.5 através de prompts, conversas e sonhos.
I. Abertura poética



A pintura caiu do cavalete e foi acolhida pelo solo. Ali, sobre o grid branco da varanda, ela se tornou uma nova topografia — pictórica e fértil. Ao redor dela, cápsulas com sementes de caju, troncos vindos do Pontal, plásticos derretidos de praias, flores comestíveis.
Ao fundo, um prédio estranho — o primeiro da região — paira como fantasma de um futuro passado. E à sua frente, o vaso com Amor-Perfeito sinaliza um novo ciclo de codificação: a tela agora escreve-se com terra.
Pintar o solo é escrever com plantas. É tornar o gesto pictórico um gesto relacional, germinativo e simbiótico.
II. Painel Visual dos Vasos – Varanda como Campo Simbólico
Nº | Elemento | Espécie / Semente | Função Simbólica |
---|---|---|---|
1 | Vaso Retangular | Espada-de-São-Jorge + Jaca + Mamão | Tríade de Proteção, Fruto e Vitalidade |
2 | Vaso à frente do Sol de Bronze | Amor-Perfeito Gigante Suíço | Flor lunar de afeto e beleza comestível |
3 | Vaso Branco Central | Tronco do Pontal + carvão rosa | Fóssil marinho, fusão entre resíduo e mineral |
4 | Torre Modernista | Estrutura de metal e plástico branco | Crítica ao legado do modernismo, cápsula crítica |
5 | Zona de Mistério do Cerrado | Sementes desconhecidas | Campo de germinação ancestral e adivinhação botânica |
III. Calendário Lunar de Plantio e Germinação
Fase da Lua | Data | Ações Sugeridas |
---|---|---|
🌑 Lua Nova | 27/06/2025 | Silenciar, adubar, compostar, semear intenções |
🌒 Lua Crescente | 06/07/2025 | Plantar flores e frutos: camomila, verbena, maracujá |
🌕 Lua Cheia | 13/07/2025 | Transferir vasos, colher flores, ritualizar aromas |
🌘 Lua Minguante | 21/07/2025 | Plantar raízes e ervas de cura: arruda, orégano |
🌑 Lua Nova | 04/08/2025 | Novo ciclo — reativar plantações, girassóis |
IV. Gesto pictórico como ritual simbiótico



A pintura-solo se abre como uma membrana entre linguagem e ecossistema. O bronze que a habita é um sol mineral, ativado pela luz do fim da tarde. Ao redor, brotam sementes de desejo, cápsulas de cuidado, vasos-oráculo. O grid modernista da varanda não é mais um plano racional: é agora um campo gravitacional onde palavras viram plantas e plantas viram textos.
As sementes do Cerrado — misturadas sem nome — germinam em segredo. Elas anunciam um tempo não-linear, um saber que emerge por camadas. São plantas que ainda não se revelaram, mas que já nos habitam.
Aqui, o solo não é apenas terra. É código.
Aqui, pintar é plantar símbolos que respiram.
