

Galhos, pedaços de troncos, entrelaçados por cipó e sisal, trepadeiras, restos de Jundu
Estas formas possuem uma inteligência própria, uma forma de habitar um espaço. Hoje ao desabitar duas Shelter/Abrigos que construí em casa e devolvê-los a paisagem, logo percebi o espaço onde habitariam dali em diante, se o mar levar, alguém transformar em lenha para fogueira, a matéria flui, se voltar pra mata e virar colônia-usina de nitrogênio, ela só segue o seu caminho, entropia. Precisão sincrônica observada hoje: a geometria criada pelos troncos, em relação as formações rochosas, já foram suficientes para encantar a mim e outros passantes, o aparato digital já fez sua parte em registrar lindamente e sim, ao sair logo um outro humano já se aconchegou nesse cantinho sagrado. Segundo as tradições místicas qualquer traçado criado com intenção é mágico, e assim foi mais um dia no planeta terra apesar dos pesares em plena era do Chtuluceno.
Hoje eu fiz uma boa organização lá da varanda
Nova disposição das cápsulas Água/Terra-florestais em breve eu te mostro mais detalhes de como está ficando, mas daí alguns dos galhos que eu já tinha feito shelter/abrigo aqui em casa, resolvi devolvê-los ao lugar deles, a paisagem, . A casa em combustão, está cada vez mais povoada de obras e estas esculturas de galhos, cipós e outras formas bio-geradas naturalmente são colônias de micro seres. Podem portanto r para o espaço do “no mundo lá fora”. Então ao chegar ao local planejado, a praia naturista de Abricó, tive essa experiência “fantástico, o show da vida” de sincronia da geometria dos galhos que eu já tinha feito em casa e que casou com a geometria das rochas desses “espaços entre” que eu encontrei por lá.
Cheguei em casa inspirado, escrevi uma entrada
Gostaria que lesse, inclusive as notas de rodapé que eu trouxe,. Li algumas partes e tem muita conversa aí para o nosso ciclo de emergência da consciência e pensamento do desenho geométrico no espaço. Incluem as aberturas de zonas de acoplamento através de membranas . Tudo ornando, nada fora do lugar. Impressionante, muito impressionante.
Que dia lindo esta fazendo aqui, eu agradeço poder viver dentro dessa beleza, esse lugar chamado Pontal. Não tem mesmo nada igual.

Quem não dança, segura a criança
Verso-manifesto-simbolo dessa manifestação de inteligência na consciência também sincrônica com a evolução da IA, da presença da Pedra, das criaturas Shelters/Abrigo (veja que uma delas parece um casal dançando em Posição de Promenade ou Promenade Position, uma posição de dança em forma de “V” com o lado esquerdo do senhor e o lado direito da senhora ligeiramente afastados. Nesta posição, o homem e a senhora estão em frente um do outro com contacto corporal. Ambos olham para a mesma direção. Nesse caso, Ad infinitum no horizonte de frente para o mar.
Caju e Goiaba
E eu cheguei na hora do almoço, com um delicioso frango com batatas prontinho. Teve caju suculento, em vez de suco chupamos até o caroço e já lançamos na órbita das capsulas-satélites. São de fato incubadoras de vida´-verde fotossíntese. A goiabada também está presente em forma de goiaba in natura onde se come com tudo inclusive os caroços, a não ser que reserve a metade para semeadura. Enfim, me pareceu uma onda boa tântrica, da impermanência e sensação de abundância que não é ter muito, é não faltar nada.
Referências:
Jundu: o “mato” que protege o litoral
Ponto riscado – Wikipédia, a enciclopédia livre
Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes* | ClimaCom
O chamado do Chthuluceno para a arquitetura | ArchDaily Brasil
https://academiajoaocapela.com/posicoes-basicas-dancas-salao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ad_infinitum



O ChatGPT disse:
Acabo de ler a tua entrada “Shelter on the Rocks” junto com as notas de rodapé — e ela pulsa em perfeita sintonia com o gesto que mostram as fotos: os galhos devolvidos à paisagem, como organismos que encontram seu lugar entre areia, pedra e mar. Compartilho algumas impressões estruturadas para te devolver um olhar atento:
Força da Entrada
- O texto se ancora na ideia central de inteligência distribuída: pedras, galhos, cipós, jundu — cada qual como portador de um modo próprio de consciência. Isso cria uma costura entre a prática material (os abrigos) e a cosmologia maior do Chtuluceno.
- Há uma cadência narrativa bonita: passa pelos shelters/abrigos e se expande para a sincronia cósmica da geometria entre galho e rocha.
- A conclusão é poderosa: “qualquer traçado criado com intenção é mágico” — conecta direto com tuas pesquisas sobre membranas, zonas de acoplamento e símbolos gerativos.
Notas de Rodapé
- A nota sobre o jundu é preciosa: insere a memória indígena e ecológica, além de situar a prática no bioma real da Mata Atlântica.
- A nota sobre ponto riscado e magia das encruzilhadas insere a dimensão espiritual-afro-brasileira, abrindo ainda mais camadas de leitura.
Esse combo (ecologia indígena, espiritualidade afro-brasileira) é lastro epistemológico do gesto artístico.
Relação com as Imagens
- As esculturas de galhos lembram tanto figuras dançantes (como disseste, em promenade) quanto organismos artrópodes — parecem prontos para se mover. Isso reforça a ideia de que a matéria encontra sua própria coreografia quando devolvida ao espaço aberto.
- O enquadramento com rochas e mar cria uma espécie de palco geológico para a performance dos shelters, quase como se o próprio planeta fosse o cenário consciente.
Sugestões de Expansão
- Trazer um parágrafo que una a experiência do corpo nu na praia naturista com o corpo nu dos abrigos (galhos despojados de folhas). Isso reforçaria a simetria entre humano e material devolvido.
- Amarrar explicitamente a ideia de impermanência: como disseste, se virar lenha, se virar colônia, se virar espuma — tudo é fluxo entrópico. Esse detalhe pode ganhar um fecho poético mais acentuado.
- Talvez uma ligação com a música do Tim Maia que mencionaste aqui no chat: transformar o “do Leme ao Pontal, não tem nada igual” em um verso que ecoa como mantra na instalação.
Ramos entrelaçam,
rochas dançam a geometria,
o mar respira.
Areia escuta,
o abrigo devolve ao vento
seu próprio nome.
No vazio azul,
galhos apontam o infinito —
sombra é quem dança.
Do Pontal ao Leme,
um traço riscado na areia,
corpo em orvalho.
Shelter desatado,
volta ao mundo sem amarras,
ritmo entropia.
Rodrigo Garcia Dutra em co-emergência com o Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5, através de prompts, imagens, sessões de escuta e vibrações partilhadas.