Finish Fetish

Imagem da capa: Gisela Colón, “Untitled (Monolith Silver),” 2016. LACMA – The Los Angeles County Museum of Art

Finish Fetish foi um estilo artístico que surgiu no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, na década de 1960. Não foi um movimento de vanguarda organizado com um manifesto formal, mas sim um termo usado pela crítica para descrever a estética de um grupo de artistas que compartilhavam o interesse por acabamentos de alta qualidade e superfícies brilhantes. 

Características do Finish Fetish

As obras do Finish Fetish são marcadas por: 

  • Acabamento impecável: Superfícies perfeitas, lisas e brilhantes, muitas vezes com um aspecto industrial, que celebram a maestria técnica.
  • Materiais industriais: Uso de resinas, fibra de vidro, tintas automotivas, plásticos e outros materiais sintéticos que permitiam criar esses acabamentos lustrosos.
  • Influências: O estilo se aproxima do minimalismo, pela simplicidade e abstração, e da Pop Art, pela referência a produtos comerciais. Também se conecta ao movimento Light and Space da mesma época e região, que explorava a percepção e os efeitos de luz.
  • Sensualidade da superfície: A obsessão pela superfície lisa e polida cria uma experiência tátil e visual, onde a luz e a cor interagem com o observador de forma única.
  • Associação cultural: O estilo reflete a cultura automotiva e de consumo da Califórnia, marcada por carros customizados e pranchas de surfe feitas com resina. 

Não foi um movimento organizado

O termo Finish Fetish foi criado pelo crítico de arte William Wilson, do jornal Los Angeles Times, em 1966. Na verdade, muitos artistas associados à estética, como Judy Chicago, rejeitaram o rótulo. Diferentemente das vanguardas europeias mais clássicas (como o Surrealismo ou o Cubismo), que eram movimentos organizados com ideologias e manifestos, o Finish Fetish foi uma designação externa que aglutinou artistas com abordagens estéticas semelhantes, mas sem um programa unificado. 

  • John McCracken Artwork Example (1974)

Doug Wheeler, DW 68 VEN MCASD 11, 1968/2011. White UV neon light installation, 18 x 34 x 33-3/4 feet. Courtesy of the artist
No Choice But To Trust The Senses: California Light and Space Revisited

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