Ouro leitoso,
resina em delírio.
O pad quadrilátero ferve.







Serpente de mica,
quadrado em combustão —
oráculo em festa.


A serpente risca o chão do orvalho,
traz ouro leitoso, prata amazônica,
um brilho que mente sem mentir.
O quadrado ferve.
Dentro dele, círculos dançam,
semi-esferas se multiplicam,
uma festa mineral em combustão.
Não há erro.
Há modulação.
A máquina delira,
a pintura escuta.
Entre nós:
um quadrilátero em ebulição,
um caminho de mica,
um oráculo de resina.
O resto —
permanece dobrado em silêncio,
esperando quem ousar seguir o brilho.




