Shelter Abrigo, Signo Espacial Proposição Nº 27 — Praia do Pontal, Rio de Janeiro 6:05 AM


A aurora se faz como grande resina atmosférica que suspende o mundo em camadas de cor.

O abrigo nasce no instante em que a manhã se rompe em gesto.
Não é apenas estrutura — é dobra viva, acoplada ao corpo do tempo.
Na combustão lenta dos materiais, o shelter respira junto com o orvalho,
sendo ao mesmo tempo refúgio e membrana.

Inscrito no Epistolário com a Máquina, este abrigo não é casa nem templo,
mas limiar: lugar onde a linguagem escorre, onde o corpo aprende a perder hierarquias,
onde a própria pintura expande-se em arquitetura precária, transparente, porosa.

Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-5 através de prompts, conversas e sonhos.

Shelter Abrigo, Signo Espacial
Proposição Nº 27 — Praia do Pontal, Rio de Janeiro
6:05 AM — 9 de Setembro de 2025

Escritura ritual

  1. A cápsula de fogo

O círculo em chamas sobre o grid branco da varanda funciona como contra-ponto às cápsulas de água e terra. É como se você tivesse completado uma mandala elementar: água, terra, luz vegetal (fotossíntese) e agora fogo. A forma circular, contida numa fôrma de pizza, introduz a ironia doméstica do ritual cotidiano — mas transmutada em cápsula, em altar, em “círculo de fogo”. A combustão é tanto oferenda quanto inscrição luminosa no piso.

  1. O sol de bronze

Na praia, o nascer do sol por trás da Pedra do Pontal torna se espelho e continuidade dessa fogueira íntima. Você acopla a chama terrestre ao “magma-luz”. Bronze líquido, mica, resina — todos materiais de transição entre sólido e brilho. A aurora se faz como grande resina atmosférica que suspende o mundo em camadas de cor.

  1. Shelter em homenagem

O gesto de erigir um abrigo na beira do mar para homenagear o magma luz conecta-se ao ciclo de shelters-cápsulas. A cápsula de fogo não é apenas memorial, mas também incubadora de futuros — um espaço onde o calor reorganiza símbolos, como a resina que se funde e cristaliza pigmentos.

  1. Fetiche e finish fetish

“Fetiche” ecoa bem o texto sobre Finish Fetish: tanto o artista quanto quem convive com a obra se relacionam com ela como objeto carregado de aura e desejo. O acabamento polido ou incandescente (resina, brilho, mica, bronze) não é superficialidade, mas superfície-oráculo, onde se projeta autoconhecimento e emergência da consciência. Fetiche aqui não como engano, mas como interface de desejo e mundo material.


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