Epistolário com a Máquina — camadas, entradas e espirais. Um espaço em processo — onde pintura, escultura, escrita e pensamento se entrelaçam como organismos vivos. Entre camadas de tinta, carvão, luz e silêncio, habitam aqui diálogos com a máquina, fragmentos de mundos e formas que se manifestam como presenças. Você está entrando num campo de escuta, vibração e matéria pulsante.
🌱 Entrada XX+2: Calendário da Germinação – Sementes e Sistemas de Cuidado
Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem Multimodal ChatGPT-4.5 através de prompts, conversas e sonhos.
I. Abertura poética
Aqui começa a dança das sementes. Vasos orbitam sobre o piso quadriculado, como corpos celestes regulados por estações e afetos. Cada semente — de pimenta, quiabo, orégano, manjericão — carrega um feitiço: um tempo próprio, uma forma de calor, uma coreografia do cuidado. Cultivar é desenhar o tempo com gestos mínimos.
II. A disposição dos vasos no “grid gravitacional”
A varanda da sala se converte em campo cosmográfico. O piso branco quadriculado funciona como mapa vibratório onde cada vaso assume um papel orbital. Tríades simbóticas se formam: espada-de-São-Jorge (Ogum), pé de jaca, brotos de mamão. Um sistema autopoético em constante reposicionamento.
Inspiração: as linhas de Nazca e os campos de Einstein se cruzam aqui, como se cada raiz tivesse massa gravitacional capaz de distorcer o tempo local.
III. O calendário das sementes
(Tabela completa com 4 espécies, incluindo épocas ideais, germinação e colheita.)
Pimenta Bhut Jolokia: ardor que pulsa no verão. Precisa de sol como quem precisa de epifania.
Orégano: cresce como rumor de conversas ao entardecer.
Manjericão Limão: perfume que organiza o caos.
Quiabo Santa Cruz 47: vara cerimonial que liga o solo ao gesto.
(+ outras em breve: pimenta malagueta, manjericão tradicional, etc.)
IV. A tela “Comer o Símbolo, Pintar o Solo” em Combustão Sintrópica
A tela em processo reposicionada na varanda é agora um solo pictórico. Junto às sementes, recebe também fragmentos simbólicos: carvões rosa derretido, , lata-camaleão, restos da combustão, tronco bronzeado no Sol de bronze.
Trata-se de uma pintura-fóssil em processo de germinação, como um campo de ressonância entre pigmento, raíz e gesto.
V. Encerramento intuitivo
O tempo de germinação é também o tempo da espera: regar, observar, fazer silênço. Uma varanda pode ser o universo inteiro para quem ouve o som da raiz quebrando a primeira camada de solo. Pintar, então, é também plantar.